PT | EN | ES

Main Menu


Powered by <TEI:TOK>
Maarten Janssen, 2014-

Facsimile view

1655. Carta de João da Mata de Morais e de sua mãe, Maria Vicente de Morais, para o tio e irmão, Diogo de Morais de Macedo.

SummaryO autor escreve a um tio dando notícias da família. Informa ainda sobre a identidade da mulher com quem está casado.
Author(s) João da Mata de Morais Maria Vicente de Morais
Addressee(s) Diogo de Morais de Macedo            
From Portugal, Tomar, Punhete
To S.l.
Context

Processo relativo a João Vicente de Morais, natural de Punhete, marinheiro da carreira do Brasil. Foi acusado do pecado de bigamia por ser casado com Isabel Vicente e ter tornado a casar no Brasil com Domingas Barbosa, sendo que a primeira mulher ainda era viva. Foi o tio da primeira mulher, António Fernandes da Mata, autor mental de três cartas aqui transcritas, quem denunciou o caso. O réu foi condenado ao degredo por cinco anos para Mazagão.

Segundo o réu, foi esta a carta que o levou a crer que a sua primeira mulher estava morta. Nela, o seu sobrinho escreveu: "Meu tio João Vicente que não tem que fazer nesta terra, se tiver aonde se acomodar, que fique lá", o que o levou a depreender que a mulher Isabel tinha morrido.

Support uma folha de papel dobrada escrita no rosto do primeiro fólio
Archival Institution Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Tribunal do Santo Ofício
Collection Inquisição de Lisboa
Archival Reference Processo 2674
Folios 4r
Transcription Ana Rita Guilherme
Main Revision Rita Marquilhas
Contextualization Ana Rita Guilherme
Standardization Liliana Romão Teles
POS annotation Clara Pinto, Catarina Carvalheiro
Transcription date2008

Page 4r

Jhus Maria punhete o primeiro de marso de 655 annos Snor Tio Diogo De morais De mascedo

por duas Vias tive novas de vm plas quais Recebemos grande cõsolasão por serem as primeiras q de vm tivemos sabendo Estava Vm E mais gente saude delha deos a vm por largos annos pa se vm vir aonde se dezeja nos tododos saude E grademente alvorasados as novas de vm mormente minha mai E irmã de Vm por saber q Vms se ão de ver antes da morte d se ds for servido porq não tera mor gosto nesta vida q ver ainda irmão seu Em punhete da tera não tenho q dizer a vm porq quando Vm se foi sabia o q Ella dava de si Eu festejarei mais q todos ver a vista de vm E do snor Antonio de chaves E minha prima de Mel pinheiro não sabemos parte delle nem onde Elle anda porq de homen de tan pouca Estofa não se fas cazo q Entendo fora solteiro me ouvera de Enbarquar so a darlhe a satisafasão do q Elle na baia preguntou a serto homen Eu Estou cazado co hũa filha de pero vte e ms Ella Eu mandanmos a Vms mil llembransas E meu pai E mai mandão a Vm as dividas saudades E os morais as mesmas lenbransas E a meu tio João Vte q não tem q fazer nesta terra se tiver onde se acomodar q fique lla E vms venhão tods q Estamos Esperando por Vms nesta frota ou na va crus q os festejaremos mto E das cartas q Vm tem Escrito poes so este anno vimos Estas duas cartas nos Eramos tres irmãos não somos mas q dous Eu e hũa sobrinha de Vm Ella manda a sua prima mtos recados E a Vm todos En tanto deus gde a Vms como pode De vm mto serte sobrinho João Da matta de moraes De sua irmã Maria vte morais



Text viewWordcloudManuscript line viewPageflow viewSentence viewSyntactic annotation