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Maarten Janssen, 2014-

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1755. Carta de Mariana da Silva Machado para João Soares, padre.

SummaryA autora conta ao padre João Soares (seu primo) como morreu o seu marido por obra de feitiços de uma escrava, pedindo-lhe que fizesse tudo o que estivesse ao seu alcance para que esta fosse castigada pelo Tribunal do Santo Ofício.
Author(s) Mariana da Silva Machado
Addressee(s) João Soares            
From América, Brasil, Bahia
To S.l.
Context

Support duas meias folhas não dobradas, escritas a primeira em ambos os lados e a segunda apenas no rosto.
Archival Institution Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Tribunal do Santo Ofício
Collection Inquisição de Lisboa
Archival Reference Caderno 114
Folios 265r-v e 266r
Transcription Leonor Tavares
Main Revision Fernanda Pratas
POS annotation Clara Pinto, Catarina Carvalheiro
Transcription date2008

Page 265r > 265v

Snor Rdo Pe João Soares

Meu Primo e Sr Não pr rezão do sangue mas tambem pla boa amizade e conrespondencia que vm tinha com meu marido e Primo Gregorio Antunes tenho obrigam de participar a vm a desconsolacão e desamparo em que me acho, e a magoa q me asiste na sua falta por ser Deos nosso snor servo terallo de minha compa e levallo pa sy aos 7 de Dzbro do anno passado, ficandome dois meninos hum de quinze mezes e outro que pouco mais tem de hum mes de nacido e suposto tenho a concolacão de falecer com todos os sacramtos da Igreja por lhe dar logar a sua doenssa comtudo se faz maior a minha magoa por ver q a sua morte foy ajudada de malificios que lhe fez huã crioulla por nome Simiana escrava do Cappam João Nunes Fre moradora a N S da Piedade com os quais lhe emcurtou os dias de vidas depois de huã larga doenssa de perto de sinco mezes, no discursso dos quais não ouve remedio que se lhe não fezesse esgotandosse todos os que lhe apelicarão os medicos surgiois que lhe asistirão que dezemganadoz de lho não acharem na medicena e de se não emtenderem com tal doenssa o dezemganarão a que procurasse os que apelica a Igra ja pa a saude do corpo, e ja pa que tratasse da sua alma que espero em Deos tera em bom lugar pla recignacão e paciencia com q acabou, cercado de mil tromentoz que padecio na sua doenssa que tambem me martirizarão a min plo ver padecer sem remedio, e ainda mais achandome pejada, e por isso fiquey com mto pouca saude. O meu sentimento me faz pedir a vm e ao snor D Afonsso Manoel de Noronha (a qm escrevo pla boa amizade que teve com meu marido) queirão tomar pr sua conta o dar pte ao sto tribunal da Inquizicão deste cazo pa mandar tomar conhecimto delle pois a da crioulla publicamte confessou haver feito os tais maleficios preztes varias ttas cujos nomes vão a margem e he uzeyra e vezeyra a uzar delles e me consta o mesmo fizera ao sargto Mor desta prassa Franco do essa baracho que acbou da mesma sorte e oz tem feito tambem a hua escrava pr nome quiteria q servia o defunto meu marido sendo soltro a qual esta acabando a vida da mesma doenssa de seu Primo, e o ter durado mais estes poucos mezes he plos medicoz



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