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Maarten Janssen, 2014-

PSCR0332

1636. Cópia de carta de Luís de Melo, advogado da Relação e da Casa da Suplicação de Lisboa, para Álvaro Pires Pacheco, padre.

Autor(es)

Luís de Melo      

Destinatario(s)

Álvaro Pires Pacheco                        

Resumen

O autor justifica e reforça a ideia da sua convicção na fé católica.
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Ao P Alvaro Pires Pache co, que Ds gde em Lxa no convento de S Roque

Poucos dias despois de aver chegado a esta cidade mais obrigado da conciensia que me estimulava a não fazer demorar na auzensia de prendas tão precizas como são as q por mi puxava qdo q fugido a obedi-ensia que inda hoje reconheço me mostrou o sr Simão Soares Peres huã carta de V P em cuja materia sinto igualmte prezunsão q nesse Lugar de mi se tem como a enfamia a que meus peccados me chegarão so delles me quexo e so a meos excessos e a liberdade com q vevia ponho a culpa della; e como a nosso sor se não pode encubrir pensamto humano, E esse mesmo ensina q pellas accois e obras de quada hum se pode conhecer a pureza de sua fee serveme de consolasão nas angustias em q inda hoje agonizo, ter por certo que quem me comunicou e criou desde ma Infansia, sabera conhecer, q meus males sossobrarão meu sprito, mais por providensia devina, q por obrigasão de dividas mas tive, tenho, e terei sempre o spirito tão qualificado na fee catholica q sempre professei e professo, q todos os ma-les do Mundo me não poderão devirtir hum so menuto della ainda q a humanidade fizesse seu officio; e assi pode V P estar certo que se as agonias d alma forão ma-iores q minha prezunsão, e confiança não excedi em minhas fraquezas os termos q outros costumão, porque quando não pude rezistir a confuzão em q ainda hoje estou ném pude vencer a ignoransia que ate o prezente tenho (do q tomo a Ds por testimunha) achei q era mais conveniensia aver-me peccador con Ds e com os meus, do q obrigado com os estranhos. Isto tenha V P por Couza tão infalivel, como toda a q he verdada e com ella pode assegurar a todos os senhores q estão receozos porq ainda q sou mui temerozo, prezeime sempre de ser tambem mais timorato, e ainda q eu prezumo das grandes Letras christandade, e zelo daquelles senhores que todos seos empregos se dirigem somte a conseguir a verdade assi pa redusir errados como pa Livrar inocentes sei tambem q tem alcansado de mi qual fui e qual sou e ei de ser, e em mi se achara sempre que me mostro tão obrigado da bigninidade, e Ms q me fizerão, e espero facão a cousas minhas que não podera o estado em q me vejo, e a mizeria a que chegei fazerme impasiente pa me mostrar desagradesido. se estas significasois, não bastão pa segurar remorssos de conciensia, veja quada qual desses senhores em meu exemplo, a incerteza em q inda hoje estou pa que assi, nem formem pensamtos temerarios, nem me ocasionê maiores desgostos, dos q sinto; q em prezensa de V P espero ainda qualificar com maiores razois o q me falta nestas regras gde Ds a V P 26 de Dezembro 636

Luis de mello


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