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Maarten Janssen, 2014-

PSCR4504

[1779]. Carta de Gaspar Francisco de Sousa para Sebastião Luís da Silveira, padre.

Author(s)

Gaspar Francisco de Sousa      

Addressee(s)

Sebastião Luís da Silveira                        

Summary

O autor conta ao amigo as últimas novidades, nomeadamente sobre o ultimato do seu irmão para que fosse para Angola ou Índia.
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AO Mto Rdo Snr Pe D Sebastião Luis de Silvra meu ao e Snr ec ec

Ao e Snr do C Saberá q segunda fra me mandou dizer meu Irmão pelo Bmeu q eu lhe disera a elle em Queluz dia dos anonos d el Rei q era precizo ver o ca-minho q eu avia de ter; e q como lhe respondera lhe daria a reposta a S Exa, me mandava dizer q escolhese hir ou pa Angola, ou para a India para asim requerer o que eu quizese: Fiquei eu pensativo; mas não por muito tem-po, porq logo me descubrio o do Bmeu q o q Bisconde lhe tinha dito fora, q era tempo de eu sahir, e q não havia de estar sempre prezo; e q o meu Irmão o mandar-me fazer aquela escolha, era para ver se eu cahia em escolher al-güa das duas partes, e elle com a ma Carta fazer requeri-mto fingindo ser ma vontade, e pregar-me o calo; porem eu meditando nisto escrevi-lhe e mandei-lhe dizer, que nem pa huma, nem para outra parte queira hir; pois eu não tinha cometido couza para me Castigarem: Foi a Car-ta, e Bmeu e logo hontem 3a fra pela manham veio o do Bmeu outra vez com hüa Carta de meu Irmão onde me dezia, queria saber a vida q eu queria seguir, para Com a dita reposta falar ao Bisconde: Acabei de Ler a Carta e virando-me pa Bmeu lhe dise q estranhava a aspereza do recado q me trouxera, e a brandura da Carta Com elle me escrevia: respondeo-me Bmeu q meu Irmão ja não falava em Angola e India, e q me mandava dizer queria saber o estado q queria eu seguir, fosse o q fosse ou Clerigo, ou fra-de ou sentar prasa; e q meu Irmão andava com seu re-ceio q a Rainha me mandase soltar: Com estas informaso-ens, fiz a reposta a meu Irmão, onde lhe mandava dizer, q como elle dezejava saber a vida, que eu queria seuguir devia supor, q queria lhe falase sinsera e verdadeiramte, e q nes-ta era obrigado a dizer q a vida q queria seguir era a militar, e q perdoa-se elle se eu o não obsequiava na ma Na ma resolusão. Isto foi hontem, e não sei o que pasou depois: porem como me lembro não atrapalhe meu Irmão alguma Couza, lhe faso este avizo, pedindolhe me queira notisiar se alguma novidade, ou se Comesou o meu requerimento, posto q ainda não tenha remetiso dinhro, porem depois q veio ainda não recebi nem sinco rs, e por este motivo mandei o Joze hoje à Porcalhota, porq de Camo hia pa Queluz com Miguel Joaqm q foi entrar guarda, a ver se cobra algum dinhro ainda q pouco para lho mandar: o Porta-dor porem ainda q soldado mto fiel, e tenho Com elle a mesma Confiansa, q Com o Joze, e pode-se fiar de-le para me responder de toda a sorte: Remeto hüa atestasão do Coronel desta Prasa do meu bom prosedimto e não remeto prontamte duas mais hüa do Major, e ou-tra do Cura, por acontecer se acharem hontem ambos fora desta Prasa; e como lhe quiz sem demora dar-lhe parte disto, por este motivo não esperei, e mando somte a do Coronel q tinha: e quinze, ou vinte dias mandei a meu irmão outras tres attestasoens, por me constar, q elle dezia q tinha ca feito muitas dezordens, e quiz ter o gosto de lhe dar com elles pelas barbas: amanham porem, ou sesta fra mandarei as duas que faltão. Se quizer mandar-me hum rescunho para a Carta do Conde Cantanhede, se lhe parecer Conveniente, pode vir pelo Por q eu farei, e remeterei em as duas attestasoens. Espero que participe isto a D Anona, pois lhe sou muito obrigado, e elle se interesa em todas as minhas couzas. Tenha saude, e deme oCazioens de lhe obe-deser. Caza Forte em 4a fra

Ao do C G

Legenda:

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