Copyright 2009, CLUL
meia folha de papel dobrada escrita na segunda, terceira e quarta face
Mariana Francisca escreve à sua amiga para lhe dizer que ela só pode contar com a sua amizade e que as supostas amigas a difamam e não lhe querem bem.
Reproduções não dispensam licença do DGARQ/TT
Processo relativo a Maria Ferreira Guedes, cristã-velha, casada com Manuel João, barbeiro, natural de Aveiro e moradora no Porto, acusada de feitiçaria. Mariana Francisa dos Santos, a cordoeira, uma das suas amigas, tinha-a ensinado a fazer um ramo de "trovisco", mas porque as vizinhas a começaram a chamar de bruxa e feiticeira, ameaçando entregá-la ao Santo Ofício, parou com as curas, segundo afirmou no interrogatório. Defendeu-se dizendo que as fazia de boa fé, e foi ela própria quem se apresentou na Inquisição, no sentido de calar as bocas que a difamavam. Foi sentenciada para o degredo por dois anos para Lamego.
Friendship letter from Mariana Francisca dos Santos to Maria Ferreira Guedes, a barber's wife.
The author reafirms her friendship and loyalty to the addressee, who has been accused by the Inquisition.
Maria Ferreira Guedes was accused of witchcraft by the Inquisition because she had learned to prepare a medicine from a poisonous plant, the flax-leaved daphne. She said that she did the cures with no ill intention and gave herself to the Inquisition before her neighbours would accused her. She was sentenced to two years of exile, from Oporto, where she lived, to Lamego.
lla
llatar
dissima
je
zepha
do
va
do
teiras
caram
miga
çe
metinda
da minha
tamentos