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um quarto de papel escrito no rosto
duas linhas em branco entre a fórmula de endereço e o início do texto
Processo danificado nas costuras e com falta de fólios.
A autora manda um portador com as rendas do irmão e algumas meias. Promete mandar mais. Avisa também que dois amigos comuns foram presos.
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No dia 6 de Fevereiro de 1829, no adro de Nossa Senhora do Monte do Bairro da Mouraria, Manuel António de Andrade Queirós, morador nas Barracas de Nossa Senhora do Monte, nº 53, 1ºandar, foi preso pelo tambor da 4ª companhia de Infantaria, nº 7, António Paulos, por se ter aproximado deste e ter dito o seguinte: «Senhor Camarada, o seu Regimento, dizem que vai para Braga». Como o tambor respondeu que nada sabia, Manuel entregou dois escritos, considerados subversivos, em oitavos de papel, pedindo-lhe que os entregasse ao seu primeiro sargento e ao seu capitão. Depois de ter sido revistado pelo cabo José Oliveira, não lhe foi encontrado mais nenhum papel. Foi escoltado até casa e lá apresentou um manuscrito em meia folha de papel. Em tribunal, defendeu-se dizendo que os seus escritos eram resultado de uma alucinação.
Letter from Ana Matilde da Fonseca Góis to her brother José Paulo Andrade Queirós.
The author sends her brother his allowance as well as some socks. She tells him that two acquaintances of them both have been arrested.
In 1829 a solicitor was arrested in Lisbon because he announced to a soldier -- a drummer -- that his Regiment was in the imminence of marching to Braga. In order to prove this piece of information, he showed him some subversive leaflets. In his house another manuscript was apprehended, but the accused defended himself saying that he himself had written it in a state of hallucination.
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