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Maarten Janssen, 2014-

Linhas do facsímile

[1824]. Carta de Manuel José Fonseca, contrabandista, para Sebastião Rodrigues, fazendeiro.

Autor(es)

Anónimo586      

Destinatário(s)

Sebastião Rodrigues                        

Resumo

Terceira carta de extorsão e ameaça dirigida ao fazendeiro Sebastião Francisco.
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[1]
lhe peço esta Ricolaria emprestado
[2]
como fica dito e qdo lho for
[3]
pagar antão Vmce me berá
[4]
a Cara e fique na Çerteza
[5]
q não me fas conta dizer
[6]
donde moro por ora e não tenho
[7]
Criados q tornar a man
[8]
dar e por iso lhe não torno
[9]
a escrever espero Eu Logo Logo
[10]
emtregue ó Portador q é Capas
[11]
e qdo não saiba q Eu sou
[12]
Contrabandista e samos 7 Ca
[13]
maradas e qdo Vmce não o mande
[14]
oje conte q a Vida lhe
[15]
Custe q qto Vmce tem fica
[16]
sem elle e o Diabo tomará
[17]
conta de Vmce depois da morte
[18]
Cruel que Vmce esta sentenciado
[19]
Abendo falta o q fica dito
[20]
nos temos mtas armas de toda a
[21]
Coalidade e temos mta polbra
[22]
Surda q não se sente a mórte
[23]
isto q fica dito não haja falta
[24]
e isto mto segredo se quizér
[25]
viver e tome parçer se quér
[26]
partir pa o outro mundo
[27]
com o diabo ou se quér viver
[28]
com deos e acabár
[29]
os seus Dias com descanço
[30]
faça escolha e mande a
[31]
Resposta q não torna
[32]
a ser abizado
[33]
Conto q tem os Diabos a
[34]
sua Conta abendo falta
[35]
nada mais lhe digo espéro a
[36]
Resposta q Eu e meus Cama
[37]
radas não faltamos áo q por
[38]
metemos tanto pa bem como
[39]
pa o mal

Eu e meos aMigos
[40]
pr esta crus
[41]
Manoel Joze da Fonseca

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