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Maarten Janssen, 2014-

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1567. Carta de Belchior Martins de Carvalho, juiz de fora, para Manuel de Quadros, inquisidor.

SummaryO autor dá conta de diligências realizadas e das informações obtidas sobre um indivíduo suspeito de blasfémias.
Author(s) Belchior Martins de Carvalho
Addressee(s) Dom Manuel de Quadros            
From Portugal, Castelo Branco, Penamacor
To Portugal, Coimbra
Context

Dentro do fundo do Tribunal do Santo Ofício existem as coleções de Cadernos do Promotor das inquisições de Lisboa, Évora e Coimbra. O seu âmbito é principalmente o da recolha de acusações de heresia. A partir de tais acusações, o promotor do Santo Ofício decidia proceder ou não a mais diligências, no sentido de mover processos a alguns dos acusados. Denúncias, confissões, cartas de comissários e familiares e instrução de processos são algumas das tipologias documentais que se podem encontrar nestes Cadernos. Quanto ao crime nefando e à solicitação, são culpas que não estão normalmente referidas nestes livros.A carta aqui presente acompanhou o auto de testemunhos movido por Belchior Martins de Carvalho, juiz de fora de Penamacor, sobre as blasfémias de Diogo Lopes, cristão-novo, alcunhado de "o marrão".

Support uma folha de papel escrita na face.
Archival Institution Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Tribunal do Santo Ofício
Collection Inquisição de Lisboa
Archival Reference Caderno do promotor 192
Folios 189r
Socio-Historical Keywords Tiago Machado de Castro
Transcription Tiago Machado de de Castro
Main Revision Rita Marquilhas
Standardization Catarina Carvalheiro
POS annotation Clara Pinto, Catarina Carvalheiro
Transcription date2014

Page 189r

[1]
q me per vm foi cometido ho segredo como comvinha
[2]
e remisso nelle porq aslgumas das
[3]
ausentes e outras pergũtei vagarosamẽte per
[4]
sentido e quamto as q vão pergũtadas de tres
[5]
lado do auto e de seus testos a vm tenhaes a tudo
[6]
de vdade e bõos feitos duas q faltão p pergũtar
[7]
q são huma dellas tristão frz não ho quis pergũtar
[8]
xpão novo e tive pera mim q descobria o segredo
[9]
como fosse pergũtado o outro q he silvestre afom
[10]
e não se sabe lugar serto onde possa ser achado
[11]
aos mais tenho pera mim q vivem a lei de bons xpãons
[12]
isto pellas mais testas
[13]
[14]
Quanto ao outro xpão novo q tornei a repregũtar
[15]
cujo treslado jaa mandei a vm q hera de s vte da beira
[16]
sua vida forma e vertudes posso testimunhar,
[17]
p muito vtuoso porq foi aqui culpado num
[18]
de q foi pera as galles por dous annos mas
[19]
com q me disse ser vdade o q jaa tinha dito
[20]
q pode seer o cõteudo no auto. Vm pode cõfiar
[21]
do Ptador e a mim mandar Como seu servidor beijo
[22]
mãos de vm

de Penamacor a 27 de maio de 1567
[23]
Servidor de vm
[24]
[25]
Melchior Miz de Carvalho

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