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Maarten Janssen, 2014-

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1620. Carta de António de Castro Pinto, cirurgião, para [Jorge Fernandes, padre].

Author(s) António de Castro Pinto      
Addressee(s) Jorge Fernandes      
In English

Protest letter sent by António de Castro Pinto, a surgeon, probably to Jorge Fernandes, a priest

The author demands the devolution of his apprehended mare. He defends himself against persecution by others and accuses the addressee of naively believing all gossip against him.

A group of individuals, a surgeon (the author of these letters), a judge, a carter and a farmer persecuted the New-Christians of Argozelo and seized their property disguised as Inquisition officials. The judge defended himself by accusing the surgeon, whose five letters were used by the Inquisition to build a case on him.

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[1]
[2]

Não entendi, q homen do abito de Vm quissese

[3]
enrgrar hũa falta como esta antes he boa proximidade
[4]
deseja por tudo paz e olhar q não a nhũ q não erre
[5]
e não caia en fraquezas vendo vm meu pessar e
[6]
arependimto devia levar isso per milhor modo do q
[7]
ho leva q me dizen vm negoçea tudo e e
[8]
nese casso a manilha mas dizẽme q e mto seu
[9]
devoto seja enbora q eu não tenho de meu mais
[10]
q perder na tera q essa egoa e q a perda pouco
[11]
se perde mas sinto o q se me faz activo e per passivo
[12]
estou pe, castela outro en pertugall não a boa
[13]
obra q se não page e coãdo na terra se não poden
[14]
paguar pagase na outra vida não era meu inteto
[15]
fazer mall a ningen deses sors mas po gomez deste izeda
[16]
negoçiou tudo o fo da va onde estavamos poussados
[17]
ele foi chamou o juiz q eu não sabia as cassas algu-
[18]
selo nen os nomes dos mors e mãoçebo d alen coãodo
[19]
forão o pus ele e dentro ben sabe q eu não o conhecia
[20]
e q po gomes era o agresor de tudo o fo da va e o
[21]
juiz e não se descullpen porq eu estou como lhe
[22]
digo não me enojẽ nen tomẽ soberbo q coãodo
[23]
cuidamos estamos milhor então damos qedas, não lhe
[24]
pareça q a min sso agravão e coãodo se fora
[25]
so o sei agardeçer não queria q essa egoa
[26]
fose azo de ma ventura mais do q ten sido q
[27]
me não a de esqueçer isso toda minha vida e ja
[28]
sei algu sseco q nunqua o soubera e tivera

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