O autor informa a sua antiga filha espiritual de que os seus atos não tinham intenções ilícitas e que esperará pela decisão das autoridades competentes.
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Charissima Irmãa
Como tenho expressa licensa de v charide para responder ao que me insinua ter feito na ulti-
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[2] | ma confissão, que na çella lhe ouvi, e serme licito na opinião mais proucível ou dos Bons fallar
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[3] | da dita confissão com a penitente sem ofender o sigillo: agradesso em primeiro lugar a quem a man-
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[4] | dou fazerme esta admoestação, a charide sendo mais certa a opinião que em semilhantes cazos se-
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[5] | não deve erar.
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[6] | Mas como a defeza he de dereito natural (e o mais que aqui se podia dizer) princi-
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[7] | palmte não estando naquella maxima certa de sofrer sem disculpa, quem nosso conceito tem
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[8] | tam pouco temor de Ds quero dar as rezoins de facto, que obrei pa tirar o seo scrupullo, e ver,
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[9] | e considerar se assim socedeo.
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[10] | Primeiramte o solicitar, ou provocar pa actos
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[11] | illicitos, ou deshonesos em seo verdadeiro sentido he o mesmo, que atrahir com
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[12] | afagos, mover, e tentar pa actos venereos e inhonestos com algũ
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[13] | signal exterior, palavras, rogos, tactos, e açenos amatorios. como he doutrina dos salm tom 9o tract 21 cap 4o punt 3.
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[14] | 62 n 22 etc. isto suposto vamos ao facto.
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