O autor fala à sua amada de assuntos do quotidiano, principalmente de um presente que lhe dera e que fora depois cobiçado pelas pessoas à sua volta: por ter dado nas vistas, sendo o seu namoro um segredo, arrependeu-se de lho ter oferecido.
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[2] | Snora
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E Unica ma sra mto estimarey passaçe bem a
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[4] | noute e q esteja alegre e q coma e durma q he o q
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[5] | a Ds e nossa snora pesso e aos santos da ma Devoção
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[6] | e q não tenha quem lhe de pennas q isso he q me
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[7] | custa mto pois sua May não se quer acabar de de
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[8] | zemganar com tantas experiençias e não quer mudar
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[9] | o genio e asim he a nossa crus e por isso nunca se ha de
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[10] | ver livre de afliçoens porq quer seguir o seu pareçer
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[11] | nem ha de ter couza algua emquanto lhe durar o
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[12] | genio avarento Snora eu cheguey a boas horas de
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[13] | pois de estar ca mto tempo he q derão as cinco horas
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[14] | a mim esqueceume de trazer o senhor pa ca o mandar
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[15] | concertar a ma vontade mandemo vmce por esse mosso
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[16] | q não quero q nimguem se meta com o q he meu e por
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[17] | amor da sua gente a não mortificar nem lhe tirarem
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[18] | o q eu lhe der não lhe hei de dar mais galantarias
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[19] | pa q elles as não cubiçem nem nos mortifiquem por ca
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[20] | não ha novidades senão q vierão pa este comvento dois
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[21] | frades moradores e são meos conheçidos não se esqueça
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[22] | em podendo das contas pa o pescosso e aquella saia se sua
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[23] | May a não quizer fazer dea logo a mulher e não a fassa
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[24] | vmce q he o q ella quer e fassa se puder mto do seu vagar
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[25] | o q tem pa fazer pa si e a aljibeira pa a saia e emco
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[26] | mendeme a Ds e lembresse do q lhe pedi o tinteiro ca
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[27] | o tenho mto bem guardado mas esta mto seco Ds Gde
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[28] | a vmce como lhe dezejo seu escravo e amante o maior
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Eu
e se eu for a quinta pedirey ao cazeiro duas
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[30] | cabacas pa aquella pessoa trazer em lugar
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[31] | dos trapos e hum coqueiro de pintos pa a cabessa
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[32] | q he o q meresse semilhante juizo e saibame as indul
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[33] | gençias q tem as contas q me deu
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