O autor escreve à sua mulher após receber uma carta sua, pedindo agora perdão por não lhe ter dado mais notícias e justificando-se com o argumento de a julgar morta.
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Minha amada mulher do meu
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[2] | coracão as lagrimas com q fasso
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[3] | estas não me dão lugar a respon
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[4] | der a todos os pontos da vossa car
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[5] | ta. perdoe Ds a joao frances
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[6] | q he cauza da minha e vosa ruina
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[7] | em publicar e dezerme q eras morta
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[8] | e vendome desemparado me sucedeo
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[9] | esta disgárca q algũa dia sabereis
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[10] | a targedia q sera despois q purgar
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[11] | meus - pecados com a sentenssia q m
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[12] | e derem- estimo mto q seja meu
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[13] | sre Bernabe Cardozo Rebro q trate
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[14] | de recadar algũa couza q vos tocar
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[15] | ainda q seja pouco semper he bom
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[16] | fazer ja q u q ganhei toma o camo
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[17] | do meu infurtunio por agora
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[18] | não tenho. tempo senão pa horar Deus
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[19] | nosso sre permita me dura esta vid
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[20] | a pa ainda vos hir lava
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[21] | r os peis com minhas lagrimas deus gde
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[22] | com saude e vida m a ea
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[23] |
9 de Janro
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[24] | de 734
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[25] |
voso marido mto amte verdro athe a
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[26] | morte
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[27] |
Manoel Soares de vaslos
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