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Maarten Janssen, 2014-

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1596. Carta de Duarte Gonçalves da Horta, mercador, para o seu sobrinho, Fernão da Horta, mercador, tratante e banqueiro.

Author(s) Duarte Gonçalves da Horta      
Addressee(s) Fernão da Horta      
In English

Condolences letter from Duarte Gonçalves da Horta, a merchant, to his nephew Fernão da Horta, a merchant, trader and banker.

The author sends his condolences from Venice to Lisbon for the passing of his sister in law, mother of the addressee.

The New Christians Diogo da Horta and Fernão da Horta were arrested by the Inquisition on the charge of Judaism. Diogo da Horta was the first to be arrested. He wrote two letters on some pieces of fabric, one to his brother Fernão da Horta and another to a letter carrier who denounced him. This latter, António de Melo, told the court how Diogo da Horta managed to write in prison: he made the support from a towel of Indian fabric, the ink from vinegar and candle smoke, which he collected using a roof tile, and the pen from a broomstick. The brother was arrested later, precisely because of this correspondence.

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Page 23r > 23v

[1]
snor sobrynho

oje fes 15 dyas dygo 4 somanas vos escrevy per esta mesma vya de Lyam q me dyzem

[2]
e a mais serta partycularmte pra as q vam de ca e o fis em Reposta da vosa de 30 d agosto
[3]
q outra não tenho a muytos dyas q não sey qoal e a cauza mas Imda q não tenho carta vosa
[4]
sey a tryste e descomsolada nova do falisymemto da snora vosa boa e omRada
[5]
mãy q esta em grorya q mo escreveyo amtonyo gomes q tynha carta vosa Ja podeis
[6]
cuydar qoamto simtyryamos esta nova pois com esa fyca esa casa sem nhũ amparo
[7]
e de todo orfãos os fos de meu Irmão q ds tenha e com isto Renovaram as lagrymas
[8]
e simtymto q ambos ca ser num mesmo grao e a snora mynha Irmã e cateryna pymytel
[9]
o mesmo não as poderey comsolar e tudo sam lagrymas e mais lagrymas e com muita
[10]
Rezão mas como isto não basta e nesesaryo comsolar la e ca e louvar o snor com
[11]
tudo e pydyrmoslhe esforso e de pasyemsya pra poder pasar a vyda com tamtos
[12]
trabalhos e desgostos e q de grorya aos bem de vosos bos pais e may
[13]
e a vos meu bom sobrynho vyda e forsas e aJuda pra poderdes como culuna sostemtar
[14]
esa casa e supryrdes por pay e may e Irmãos e de todo pois debayxo do snor vos
[15]
sois seu amparo e se eu em meus trabalhos e desgostos q disto tenho so esta
[16]
comsolasam me fyca q se iso não fora de todo perdera a pasyemsya o snor nola de
[17]
a todos e o mesmo a eses pobres orfãos de meus sobrynhos e sobrynhas a qem mamdo a mynha
[18]
bemsão e a do snor pra mto e o mesmo fazem estas snoras partycularmte cateryna py
[19]
mytel e beyjão muytas myl veses a snora Lucresya d orta e q não desempare eses pobre
[20]
sobrynhos como boa paremta e q tamto todos qeremos e devemos e o snor ds pode Imda meyo
[21]
pra nos vermos e mas Imda não sey nhũ outro partycular tocamte a este falisymto
[22]
e por iso não som mais largo. amtonyo gomes me escreve q vem frade m
[23]

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