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Maarten Janssen, 2014-

Linhas do facsímile

[1829]. Carta escrita por Bartolomeu Luís e dirigida a um elemento da Intendência Geral da Polícia da Corte e Reino.

ResumoBartolomeu Luís denuncia Rosendo António por difamar o Rei.
Autor(es) Bartolomeu Luís
Destinatário(s) Anónimo121            
De Portugal, Lisboa
Para S.l.
Contexto

Bartolomeu Luis denunciou Rosendo António, proprietário de uma Casa de Pasto na Calçada da Ajuda, o qual tinha sido anteriormente preso por difamar o rei. Entretanto libertado, continuaria a não cumprir os seus deveres de bom súbdito manifestando-se contra o governo real.Este documento é mais um bom exemplo do ambiente de perseguição e de espionagem que caracterizou o governo de D. Miguel e que encheu as cadeias da capital. Não foram certamente só os mais denodados liberais, como Manuel Borges Carneiro, a enfrentar a delação popular.

Suporte um quarto de folha de papel escrito nas duas faces.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Casa da Suplicação
Fundo Feitos Findos, Processos-Crime
Cota arquivística Letra A, Maço 51, Número 4, Caixa 103, Caderno 3
Fólios 6r-v
Transcrição José Pedro Ferreira
Revisão principal Cristina Albino
Contextualização José Pedro Ferreira
Modernização Sandra Antunes
Anotação POS Clara Pinto, Catarina Carvalheiro
Data da transcrição2007

Page 6r > 6v

[1]
Soberano, e o seu Legitimo Governo. Partiçipo a V Exa
[2]
que por toda a Calcada de Ajuda, e Bairro de Bellem
[3]
se diz, e francamente se tem devulgado; que sendo
[4]
prezo Rozendo Antonio, com caza de Pasto na Cal
[5]
cada de Ajuda, por muitas balafemias, que dizia, e
[6]
publicamente falava contra o Legitimo Governo do Nosso
[7]
Augusto Sobreano: esteve este maldito homem prezo na
[8]
Cadeia de Bellem, huns poucos de dias; este
[9]
malhado humas testemunhas de mau Credito, e athe
[10]
algumas forão dimitidas do R Serviso, por indignos, e de
[11]
muito maos creditos, outros malhados emcobertos e com
[12]
prados por dinheiro. Sahio o dito malevolo, que não
[13]
chegou a estar hum mez prezo. Corre a noctiçia
[14]
e esta devulgado, q fora solto, e livre por
[15]
serta quantia de dinheiro que dera gritão,
[16]
e dizem todos, que tal está a Justiasa, por toda
[17]
a parte se houve dizer; seja este homem pre
[18]
guntado, e emdagado, por Juiz imparçial, e
[19]
recto, e dezemtersado, a quem deu este Cri
[20]
minozo essa soma de dinheiro, qual foi
[21]
a quantia, por onde manou, quem forão os seos
[22]
Agentes. Seja emdagado, o procidimento das
[23]
testemunhas, se tem credito, mande V Exa

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