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[1831]. Carta de Manuel Gonçalves de Almeida para Maria de Jesus.

ResumoO autor escreve a Maria, sua antiga companheira, pedindo-lhe para resolverem a sua situação sem recurso à Justiça.
Autor(es) Manuel Gonçalves de Almeida
Destinatário(s) Maria de Jesus            
De Portugal, Setúbal, Almada
Para Portugal, Setúbal, Pragal
Contexto

A CARDS0049 serviu de prova incriminatória contra Manuel Gonçalves de Almeida no processo movido por Josefa Maria de Jesus, mãe e legal administradora de Maria de Jesus.

Manuel Gonçalves de Almeida foi acusado de seduzir, com promessas de casamento, a jovem Maria de Jesus, educada em bons costumes segundo a sua mãe. A jovem Maria de Jesus engravidou e a criança que nasceu foi posta na roda da Misericórdia. O caso também envolve diversos objetos e valores que o réu teria retirado da casa das autoras.

Na versão de Manuel Gonçalves de Almeida, a mãe de Maria de Jesus era dona de uma taberna, aberta a toda a hora e a toda a gente, e tinha vivido com um sargento dos telégrafos, entretanto falecido, tendo este a sua legítima mulher ainda viva. Os objetos e valores foram entregues à guarda de Manuel Gonçalves de Almeida por Maria de Jesus, para evitar que a viúva do falecido sargento os viesse recuperar. Segundo o réu, a jovem Maria de Jesus era uma “desenvolta namoradeira”, envolvida em diversos casos, entre os quais ajuntamentos de homens na casa de Teresa dos Monteiros e encontros com Jorge Ricardo de Sousa Rangel, num quintal e na casa de Felizarda Joaquina. Manuel Gonçalves de Almeida negou a autoria da carta que o incriminava, mas durante o processo manifestou-se disponível para assumir a paternidade da criança desde que a pudesse ver.

Suporte um quarto de folha de papel não dobrado escrito no rosto e no verso do fólio.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Casa da Suplicação
Fundo Feitos Findos, Processos-Crime
Cota arquivística Letra M, Maço 1, Número 4, Caixa 1, Caderno [1]
Fólios 8r-v
Transcrição Cristina Albino
Revisão principal Cristina Albino
Modernização Clara Pinto
Anotação POS Clara Pinto, Catarina Carvalheiro
Data da transcrição2007

Frase s-2 Sobre todas as dependençias que temos hi Viremos A ter O mais que te dezejo he saude.
Frase s-3 Maria eu nuqua fis tançã-o de mandar Escrever em papel Con-tra ti
Frase s-4 Porem quereio que Estou chigado heçe ponto de te por Coizas A pubulico que se podião Escuzar de dizer
Frase s-5 Por Justiça nada te dou hi por bem Ate hu Meu Sengue te dou
Frase s-6 hi nada tenho Meu que não seja teu
Frase s-7 tu sabes mto bem que para te eu pagar Cazamento que me has de Aprezentar hu filho que tiveste de mim hi has de criallo
Frase s-8 hi hu q demos A Justiça não hera milhor Comerlo tu
Frase s-9 Portanto se for tua bontade gastarMorlo Com Justiça Atam Estou pronto para O que for de tua bon Vontade
Frase s-10 se quizeres mandame dizer hu que queres de mim.
Frase s-11 Olha que Cazamento não tu pago he hu mais tudo Está Na noça mam.
Frase s-12 A rrespeito da roupa não te fiquei nem Com fio que Seja
Frase s-13 Se te falta Atam frutarãoma du baú porem em tua palavra me quero Capaçitar que te faltarão
Frase s-14 nejo que tus tenha
Frase s-15 Se for Serto faltaremte querotos pagar hi não digas que eu hando para Cazar em otra parte porq he imgano
Frase s-16 Se quizeres Manda-me dizer os teos Sentimentos que eu te Escriverei mais devagar
Frase s-17 eu se te não tibeveçe Amizade nada te fazia do que tenho feito

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