O autor escreve a José Luís da Silva, negociante envolvido num processo judicial, para lhe remeter uma carta que recebeu da parte do réu mesmo processo.
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Ilmo Sr Jose Luis da Silva
Meu particular e antigo Amo
Hontem de manhaã, tendo sahido à Missa,
qdo vim pa Caza,
achei essa carta incluza cujo In
deviduo, não conheço, nem sei qm he pelo nome, e
pouco depois. vierão
dois rapazes, com Fardas de
Trombeta de Cassadores, buscar a resposta, e vocal
mte lhe disse, q suposto
eu o não conhecesse, q não
tinha lugar, assestir como Letrado a pergunta, q
isto só tem lugar qdo há
menor, e se elle queria
reclamar as Perguntas podia fazer qdo fosse cha
mado pa as
rateficar, pr isso q se lhe havião de
ler
Ora meu Amo Este
homem, ou he
ladrão, ou algum Tratante, pelo modo com q fala,
porem se he certo, o q elle dis
a repto do Ministro, talves
q sirva a mma
Carta de governo, e pr isso lha remetto,
pelo Portador.
Assim
Assim Como eu fui o pro q declaradame dis
se
ter sido assás bem escandaloso, o procedimto q
houve
com a sua Caza, e athe temerario e errado,
assim taobem concebi grde alegria, logo
q o vi na
4a fra á noite no
Theatro de S Carlos, e cauzou
huma alegria geral, q eu
presenciei, e tanto
meresse a sua bonde e notoria honra.
Eu sou
Amo e venedor
S C
2a fra
Estevão Moniz da Sa Botte