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[1822]. Carta de Maria dos Prazeres Soares de Abreu e Melo para seu irmão Manuel Nicolau de Abreu.
Autor(es)
Maria dos Prazeres Soares de Abreu e Melo
Destinatario(s)
Manuel Nicolau de Abreu
Resumen
A autora despede-se carinhosamente do irmão, pedindo-lhe desculpas no caso de ele se ter ofendido por alguma das suas ações.
Texto: -
Não me pude despedir do Mano como de
zejava: q era
abrasalo de todo o meo corasão
mas pa me
não sufucar em lagrimas
não o qis fazer.
fasoo por este
modo
pedindolhe mil perdois se o ofen
di: algum dia
em alguma coiza:
pode
ser q
va ser felis ou mto disgrasada:
porem
vou por não qerer q ningem padesa
por meo respeito: e não
qerer compre
meter ningem os seos
dem a paga a
qem tem a culpa:
o
q peso ao Mano he
que se não fie em ninhum
destes mal
vados. i q a ma Mana
e sobrinhas lhe de
mil e mil efectivos recados: i abrasos
tanho
feito mil sacrifisios em falar a
pesoas q não devia mas
qem he infelis
he em tudo:
torno a repetirlhe que
se o ofendi em alguma coiza q me per
doa:
sempre lhe
escreverai de donde
estiver
não posso comer nada i sai q
como
vou q he baste doente i com o
a
balo de jornada i esta gente q tudo cho
rão sem saber q me
matão não sai o q
sera de mim:
mas se naqelas teras lhe
pres
tar pa alguma coizea i eu puder conte
co
migo pois sempre lhe mostrarai o q lhe
sou de
obgda i o q lhe devo:
mas eu sempre
lhe fui mto fiel i ai de ser emqto me
durar a vida:
aDes meo prezadisimo Mano
estimarai ter
sempre
boas notisias do Mano
pois sou
sua mana come
mto e mto Ata
i obgda
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