CARDS7052
1818. Carta de João Machado para Lino Machado, seu irmão.
Autor(es)
João Machado
Destinatário(s)
Lino Machado
Resumo
O autor escreve ao irmão do degredo no Rio de Janeiro queixando-se da sua sorte e pedindo ajuda para obter um indulto.
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Ao Snr Linno Machado
A qm Deos gde
Asestente No Vilho
pelo Corro de mondem de
Basto Porto
Meu Manno do Co
Munto estimarei que te tenhas tido
felecidades Como eu pa mim dezejo i J
untamente em Compa da nosa Mai
dos mais irmaus pois eu sahi da
cidade do porto a dezoito de nobro de
mil 818 i chiguei aqui a esta pi
são de desta cida do Rio de janro Com
trinta digo Com sesenta dias de vi
aige pois eu acheime no mar munte
mal pois ja não pensava de tornar
a minha saude prefeita porque
estive sete dias sem comer nada
se não me fose hua garafa de vi
nho que bubi ja estaria noutra
vida porque não hera senhor de me
ter em pe nem quem me fiezese reme
diu algum isto agora deu os meus
Inemigos porem se eu la tornar
nada lhe he de ficar a dever eu meti
hum requerimento ao rei mas
ainda não tive reposta dele asim
que tiver alguma resposta eu te avi
sarei
Meu Manno do Co
eu des coando veio o carvalho aonde
ao porto não tornei a recever carta
tua estive a ispera dela emthe ao dia
que sahiporem i mais esperava
por algumas pa remediar a minha
Libardade porque se eu as truxese
decerto aqui tinha lebardade asim
talves irei pa u meu destino porem
bem sei que naci pa ser desgracado
eu não tive quem precurase por u meu
Libramto
senão talves não chigaria aqui talves me veria
o mal donde eu pensava que me
viria o remedio oixaLa que te não
faco Como a mim eu bem sei que
tu não me pudias fazer mais
Nada do que me fizestes nem
eu tanto te mercia eu vem sei
que tu ficastes munto emdevi
dado com a caza e que te não terão
feito pagamento eu escrevolhe agora
mandolhe dizer que te faco paga
mento Meu Manno pecote peLas
cinco chgra chagras de cristo i pela aL
ma do noso pai que sais desa tera
pa fora senão decerto hes prezo u me
u coracão não me dis outra couza
eu vem sei que não has de crer dei
xar os benes senão senpre os deixavas
oixaLa que eu não souvera dar noticias
eu se souvera que buscaba este
caminho antes havia de morer na g
eira do que chigar o que chiguei i
fasme mtas vezitas a minha Madri
naha ao Joze a todas as primas
ao
cer carvalho i a mulher
fasme muntas vezitas a tia
de quintela aos primos i muntas
ao franco theixra i a joaquina
gles vezita ao Joze martens ao Irmão
Meu Manno Não
facas pouco cauzo a respto da tua livr
dade isto he se não puder aragar
a librarte La perparate i bemte butar
aos pes do Rei eu não espero Librdade
aqui senão ningem te havia de fazer
isto com mais vontade do que eu u mto
que te pode Livrar são nove ou des
moedas em seis mezes bens i bais mto
a tua vontade u noso Rei indolhe falar
em pesoa Não dis que não a ningem
Logo que receveres esta iscreveme duas
cartas hua pa engola outra pa esta
cidade eu emcoanto não acavar de todo
aonde quer que istiver senpre te hei de
escrever eu aqui tive noticias
do nosso feito e so foi pa u seu destino
com esto fasme vezitas ao franco de cavarelhe minhas
i do filho soldado q aqui tem vindo aonda mim
adeos emthe a vista
João Machado
Meu Manno
se não puderes arangar u Libramento
sem ca vires tras cartas do Silveira para vernardo
da silveira que ele fas tudo quanto quer Com
o Nosso Rei deos emthe a vista
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