Francisco António Soeiro presta contas a Francisco de Paula de Sequeira Barreto e pede-lhe uma carta de proteção para um tio. Também o informa de um furto ocorrido no monte da Samarra.
Illmo Sr Dor Francisco
de Paulla
Amigo e Sr
hontem recebi a de VSa e não pude
logo remeter a du seu feitor, e a tempo
que esta
va pa lha remeter apareceo e lha entreguei; estimo
que
VSa se concerve com felis
saude, e me conti
nue os seus perceitos
O Portador he hum meu
tio, elle me
pede rogue eu a VSa lhe queira dár hu
ma carta de procteção para
o Juis de fora desta
Villa, elle dirá os motivos: isto espero da begni
dade de VSa. Na noite de 10 para honse do cor
rente furtarão da Samarra tres bestas do Sr An
dre todas com o ferro da casa que
vem a ser
huma egoa castanho claro ferida no lombo
hum cavallo preto coixo creio da mão esquerda,
selva resgada, e
outro tambem preto com
estrella queira VSa escrever pa Gerume
nha, campo maior, pois eu não o posso fazer
porque são terras onde não conheço nem
huma pessoa, e
tenha paciencia com as minhas
impertenencias, remeto os 6 coiros
e 360 rs
e sou
De VSa
Mto obrigdo C
Francisco Anto Sueiro
Monfte 12 de
Março de 1814