José do Espírito Santo escreve a um amigo responsabilizando-o pela sua prisão.
Snr Joaqm das neves
o noso Amigo Alberto não lhe faz conta
descubrir nigem
pois veio hum rapas
de beJa so A fim de saber
de minha pri
zão pois eles ambos, tem andado de
suedade pois dizijara ser teu Ami
go porq toda
a vida ouvi dizer q he
hum Amigo Ainda
q seja no inferno
mas tu he q foste
o q concoreste para
eu ser prezo Agora quero
q me man
des dizer o modo como he de ser
solto pois
se eu tivera dinheiro Ja Aqui n
não
estaria porque o dinheiro Acaba tu
do pois quem trabalhos
dizeja os seus se
lhe chegão com q Asim da lhe o rimedio
com tempo e dipois não te queixes porq
quem
Anda chuva fica mulhado se eu
tivera aqui sultura eu perguntara
o
q te A ti falta porq so Asim te
desculparas
pois o favor q me
podes fazer he q de mim
não queres nada Ainda
q daqui va
para outra cadeia senão mandame
A
resposta e com isto não emfado mais
Aseita saudades
deste
teu Amo
Joze do espirito santo