José Pessoa de Carvalho de Eça informa o corregedor de Leiria sobre o modo como o preso Joaquim Brites vai ser transportado e menciona a dificuldade de se prender Joaquim Malva.
Illmo Sr
A tempos tenho nas Cadeias d'esta Villa o reo Joaqm Brittes; não
o tenho remettido por me ser penoso mandar huma escolta com hum
homem só a essa
Cide; eu escrevo ao Coronel de Milicias de Soure
pa ver se
elle manda receber os prezos q eu lhe enviar aquella Villa
e os faz conduzir por
escoltas do seu Regimto á preza de Vsa, pa assim
ficar mais suave o servo para os meus soldados q cançados das dili
gencias em que
perdem noutes successivas, devem ser aliviados da marcha
a essa Cide.
Todos os dias espero a prizão de Joaquim Malva, porem parese q a
Providencia o goarda, porque sendo espiádo aonde se acouta,
procura-se
não se encontra e diz-se ter apparecido em outro dia em outro
Lugar, em grande distancia; assim anda
este malvado por entre os
matos da Gandara donde só se poderá prender fazendolhe cordão como
se faz a Monteria
ao lobo; vae-se lhe fazendo a diliga Ds queira
se conclua em breve como desejo.
Ds Gde a VSa
Montemor o Velho
21 de Março de 1824
Illmo Corregor de Leiria
Jose Pessoa de Carvalho d' Eça
Tte Corel de Mlas da Figra da Foz