O vigário Manuel Ramos escreve ao abade Diogo Brandão dando-lhe notícias e conselhos sobre o quotidiano em Lindoso, paróquia da responsabilidade do destinatário.
Como já esCrevi largo por anto dominges,
não quero
emfadár mais
a Vm a quem estima
rei q esta
ache cõ perfeita Saude Como
deseja; e pa tudo o q for do servisso de Vm a te
nho de
presemte seja snor louvado.
não há de presente novas nesta terra de q faça
a Vm
sabedor, mais q estár domingo q vem dés des
te més
esperando pelo snor Comde q mandou
diser vinha vér
esta orfa fromteira não
sei se se dilátará mais a vinda. Espam
tome mto nam mandár Vm já vemder esta
Renda e tratár dos
enxames q estám mto mal
por disimar, e Com mta perda de Vm; e se ouver
mta tardamça peor será, Vm faça o q for
ser
vido, e mandeme tambem no
q eu fassa, sendo
de prestimo, q o farei Com sám
votave.
se ouvér algũas baralhas de Cartas Coridas
façame Vm
m mandarme hum pár. esti
marei saber a Comta q deu o
Cunha e do
pám q deu o Rateiro, q Com a falsa ex
Communhão, muito se devia aCresem
tar nas Contas.
Vm me mande em q
os sirva, e novas Suas e do
snor Brás
brandam, e do ssnor Rui brandão he
mais Senhores a q Ds apmente a vida Com tudo o mais q de
sejão.
Lindoso
e. de abril 8 de 1644 annos
Capellão de
Vm e servidor
Mel
Ramos de Lima