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1612. Carta de Bárbara Pimentel de Leão para Fernão Rodrigues, cura de Santa Justa.
Author(s)
Bárbara Pimentel de Leão
Addressee(s)
Fernão Rodrigues
Summary
A autora relata um conjunto de notícias relativas à comunidade portuguesa de Ruão. Entre elas, refere os seus problemas pessoais com alguns elementos dessa comunidade, a questão de o seu irmão aparentemente se ter convertido ao judaísmo e outros factos ligados aos seus negócios.
vergonha
que se fose a esa terra e na carta
que fernão d alves melo
escreveo a
andre mendes em companhia desta lhe dezia que ja
joão tinha conhesimto do
snor como os que estão naquela
terra
e que ja se chamava jacobo israel pimentel e que
luis hera
o mesmo mas que não mudara nome porque hia a
lxa
arecadar dro mas que em vindo uzaria do nome como os
mais
a esta carta respondeo andre mendes como quem he e de ma
neira que o melo não folgaria ver a reposta.
fis mtas deligensias com andre mendes
pa que me dese a carta
do melo
pa a mandar a vm com esta mas como estes homẽs
dependem de
negosio e tem corespondensia em todas as partes
não pude acabar com ele a ma dar
antes apertou mto comigo
rompese esta de
joão e a não mandase a vm a quem peso
me fasa
m que tamto que a vir queira ir a caza do
ldo
sabastião
mendes e a ele e a minha tia lha mostrar e lhe ler este capitolo
pa que saibão o em que se tornarão os filhos de meu
pai criados
em tamta cristandade e vejão a obra que fes ese fidalgo
que
tem em sua caza porque o rapas hera moso e como
tal não emtendeo mais que o que
lhe diserão seu irmão
e cunhado ser bom. sobre esta carta fis eu o que
devia
e respondi a joão lembrandolhe a cristandade com que
meu pai e mai nos doutrinou a todos e que inda estava em
tempo arependendose
de se salvar que olhase o que devia
a ds que o criara. a esta me não respondeo
afirmo a vm
que saber este suseso me custou samgraremme
sete vezes
seja ds louvado que dos filhos de meu
pai e mai que so eu sou
e serei ate morte a que lhe onrarei seus osos em ser
cris
tam como eles sempre forão tem me tirado o juizo ver
que teve ese fidalgo tam pouqua vergonha que fazendo o
que fes e uzãdo por
estas partes o que uzou se for a esa terra queira
noso
snor por sua devina
mezericordia que desa doemsa
de que vm se doeo tamto o aja levado
pa si pa não
ser
mais dezomra dos osos de seus pais e como qua deixava
estas boas obras
feitas e a suas irmãs e irmão tais como ele por
iso dise a vm que eu não tinha nada nas dividas que la estão