O autor queixa-se da desonestidade de D. João de Castro.
S Mel da Silva
Sr meu o Sr inviado Duarte Ribro
de Macedo me fes mce de querer tomar
a seu cargo a cobrança de hum juro
q ahi
me pertence e a minha mãy e cunhados
e aceitou pucração minha
por me faser
mce, de q Vm creo q deve
ter noticia, como
tambem de q está em poder de hum Dom João
Mel de Castro de q faço mto pouca confiança.
o dto Dom João Mel me escreveo ha poucos dias
hũa em q
me dava noticia, de q já se trata
va da cobrança, e me pareceo q agora a
queria
dilatar e embaraçar com hũas exos
tivas despezas, de q athe então me
não tinha
feito aviso. De tudo dei miuda conta
ao sr inviado, mas como as suas occupa
ções sam tantas não hei tido resposta de al
gũas q lhe escrevi. Se eu soubera q se tinha
feito ou podia faser a cobrança com a bre
vide q se pudera
conseguir a não ser com hum
tam grande trapaceiro como me parece q
he o Dom João não escrevera
mais sobre a
materia, porq em poder do sr inviado on
de Vm estivera
com toda a segurança; mas
como não será assi, e eu estribo todo o bom
successo
deste nego em se poder fundar pelo res
peito do do sr enqto elle assistir nessa
corte
me pareceo aplicar esta materia. pa q não
tenha despois de tantos
annos a desgraça
de ficar como d antes. Se o sr inviado