Representação em facsímile
[1546-1547]. Carta de Fernão de Oliveira, religioso dominicano, para [Dom António de Ataíde], 1.º conde da Castanheira e conselheiro de Estado.
Autor(es)
Fernão de Oliveira
Destinatário(s)
Dom António de Ataíde
Resumo
O autor, que se encontra no cárcere, faz um apelo para uma rápida intervenção na causa que contra si corre no Tribunal do Santo Ofício e queixa-se de ser vítima de acusações sem fundamento, por pura mesquinhez.
sor
porq eu vym a esta terra confiando no favor de sua
senhoria he bem q lhe de conta do q passo, tanto q deyxey
de o ver logo me prenderam e aynda tem preso na pri-
sam da inquisiçam, dizendo q deyxey de ser frade e me
fuy a ingraterra e digo bem do rey de lla e outras cousas
desta qualidade as quaes todas reduzidas aa verdade não
chegão a ser pecado mortal, pllo que peço a Sua s
faça dar brevidade a minha prisam com justiça por por
q nam coma nella toda e mercee q me mandou
fazer, e se tambem Sua es he servido q eu seja
frade abastava dizerẽmo sem me prender e injuriar
poys venho de boa vontade não pareça que me
escornão a porta do curral aquelles q devião