Snora may
Em sua bemção nos ẽcomẽdamos eu e maria d argolho e te
saberemos que sua viagẽ foy boa como temos cõfiamca
ẽ nosso snor q seria não podemos estar comtemtes ate o na
tal temos esperamca q vira vm ẽbora cõ mta saude
e boas novas as de nos são ficaremos com estes de
sejos tamanhos q cada dia nos pareçe hũ anno e se sou
beramos q tamta saudade e mỹgoa nos avia de fazer
não a deyxaramos ir porem tudo omẽ a de vemturar
e sofrer por salvar a alma e a homra e como quer
q vm teve sempre mays comta com estas cousas
q com outros pasatempos e descamsos falsos
q o mũdo promete e não tem pa os poder dar jul
gou de fazer esta jornada po mostrar nesta tra a
vtude e homra q tem e sempre usou e alem disto
po me obrar mays e mostrar q fazia po mỹ o q não fez e
a mynha may carnal plo q alem das outs obrigacões
acrecemtou est outa q eu nũca poderey Svir mas
prazera a nosso sor q a trara cede como desejam
e me dara syso graça e forças pa a servir e des
camsar com a obediemçia e amor q tenho
p tamtas Rezões devo e não me chege ds
a tempo q faça outa cousa.
has cousas q vm levou por lembrança he escusado le
brar lhas porq sey quãto cuydado levou e tera delas
e quãto a de precurar plas aviar o mylhor e mays
breve q ser puder poys tamto cumpre a sua e
mynha homra e poq as cousas q omẽ mto deseja sempre
tem Receo de as alcamcar Asy estou eu sempre imã
ginãdo e Revolvemdo myl cousas na famtesia e
hũa delas he aRecear q asy como o ouvyor he manhoso
e me prendeo sẽ Rezão e se teme q cõ a ida de vm
me fara sua A justa e merçe e pa baralhar este
negoçio deu a mynha apelação A frco fragos seu grãde a
mygo e tem qua a hũ seu fo ẽ sua casa q lhe deyxou o fra
goso e aReceo eu q amdamdo vm ẽ requerimto cõ sua
A q mãde ẽtregar os papes de mynha prisão a hũ letrado
q os veja bem e faça justa o fragoso p outa pte apresẽte
da apelação na Rolação e a faça despachar brevemte
sẽ o vm sabr pa aRezoar e ajũtar os estromtos e papes
q levou poq se temẽ eles qua mto deses papes e quãdo vm
acudir o negoçio sera ja despachado e não aproveita
ram os papes q levou e porq o ovyor não quys dar a mynha
apelação a sebastião fra q levou as outas q daquy forõ ele
pa certa e qua mor e vay po pdor desta cidade nẽ a outas pas
de quaa q a levarão a bõo Recado e devia ao fragoso q não se
so deyxou seu fo ẽ casa do ouvyor e temo me q ordene la
alguã ẽburulhada.
plo q dou este aviso a vm e se for caso q isto se fezese asy
fale vm cõ seu pdr e ele achara q eu fuy citado pa a
parecer na Rolação despoys da chegada da nao a xb dias
e dentro neste tempo não se podia despachar a ape
lação e ainda tres dias de cortes e se se despachou
amtes deles serem pasados sẽ o vm sabr foy sanati
ciamte e tem ẽbargos pa se tornar a despachar
e dar vta ao pdr de vm e ele aRezoara e ajũtara
os papes q levou, e se pvemtura alguẽ dise ao escri
vão ou aos desẽbargadores q despacharõ o feyto q hera meu
Requeremte e não qria aver vta nẽ aRezoar senão q
logo fose comcruso e se despachase, dira vm
de tal não soube pte e foy falsydade e malicia e Re
querer q se sayba quem dise tal e o castigẽ poq ela
não foy do brasyl a outa cousa senão a esse negocio e
a furto lla falsamte fezerõ despachar po ela não
Requerer sua justa e apresemtar seus papes po ẽco
brirem as maldades e malicias de mynha prisão
e fara de tudo queyxume a suas Altezas pedimdo
lhe q mãdem despachar este negocio po hũa pa a que
ẽcomedem mto q faça justa imteyramte e mostrara
esta carta Ao sor Ldo Ruy Glz ou a quem for seu pdr p a
Requererem o q for justa e comprir e sse p vemtura acõ
tecer o q digo e sobre yso faram de manra q se tor
ne a ver o feyto de novo e se ajũtem os papes q levou e
se faça imteyramte justa e castygẽ as malicias, e po
q vm hia ja avisada dalguã cousa destas tenho cõfiamça
q não se pasara tal cousa
E porq como dizem o asno desobado de lomge avemta as pegas
e o gato escaldado d agoa frya a medo asy areceo la q me or
denẽ estes snores outas malicias pa me ẽbaraçar de no
vo plo q fiz hũa lembramça q cõ esta sera dada a vm pa a
mostrar ao seu precurador e p ela fara hũa petição pa
me sua A pasar hũa provysão pa me não ẽbaracarem
po outa cousa sua tem ordenaca cõta mỹ plos casos que
digo na lembramça esta petição me parece q sera bõ dar
se a sua A despoys q vm for despachada dos outos ne
gocios pa q este lhe nõ faça impedimto e pareçeme
seria bõ dar esta petição aqla snora apostola ou beata
q a despache cõ sua A ou o sor bpo a dara po nos fazer merce
e a despachara digo isto po vm não amdar cõ tãtos Re
querimemtos e polos não estrovar cõ est outro, E mostrara
esta lembramça ao snor tome de sousa e ao sor amdre soa
rez e ao snor bpo e ao sor amtonyo cardoso e a quem mays quyser pa eles saberem
as malicias e o q se pasa, tambem a mostra ao sor Bras frz
e ele por me fazer merce praticara sobre ela nos cõtos e se
comprir trara algũas certidões do q se usa ẽ semelhã
tes casos pa se ajumtar a petição q se fezer a sua A e pa
me vm trazer outa pa qua se me for nesesaria pa
sabr o q me cumpre pa q me não embaracem cõ malícias
e lhes eu não posa mostrar suas cousas de q espero q ds e sua
A daram castygo e galardão a quem o mereçer
E quãdo me suas altezas não fezerem A mercê e homra q espero
e me derem satysfação de meus sviços e dos males q po yso
me fezerom Requerera vm q me dem Lca pa vemder este
ofiçio e hyremos viver a outa pte
E peço lhe mto po merçe q se trate bem e coma e beba e leve
boa vida e não cure de trazer nada senão vir mto gorda
e bem desposta q isto desejo mays q tudo q o mays ds o da
ra e como e quãdo for svido,
Eu torno escrever A João de guiomaraes q dee a vm o dro
dos xxx bij ara d algodão q vemdeo a bij c Lta rs ara aRe
cadardeo vm e cure bem de sy e perdoeme po lhe não mã
dar nada q não ouve navio ẽ q pudese ir poq os q vãovão
fechadas e caregadas po seus donos e não querem q outrem me
ta nada e porq cõfio q João de guiomaraes dara a vm
o q fez do algodão comprir e lhe parecer necesa
rio cõfio q o snor João Roiz pecanha lhe dara Lta
cruzados ou o q lhe for necesario fiquo cõsolado
parecẽdome q lhe não faltara pa sua despesa
e outa vez torno dezer q não cure de outa cousa senão
dee se tratar bem e virse o mays cedo q ser poder
e eu prometo de svir as pas a q devemos pa o ano
dobrado poys agora não pode ser eu e ma dargolho
nos ẽcomendamos ẽ sua bemção e porq nos diserõ q avia
de partir vella e em setembro navios pa os Ilheos pa
recenos q vira vm neles e q p vemtura sera Ja
partida quamdo la chegar este navio e po yso tam
bem me não deu muyto de não mãdar nada nele por
ir tam tarde e ser tam pequeno,
aquy aRibou hũa nao q hia pa a Imdia e vayse nela
hũ padre alvo amtunez q hera conego na see desta ci
dade e fica vaga sua conesya fale vm nela
ao snor bpo e peca lha pa seu sobrinho frco d argolho
q Ja tem ydade e saber pa yso e sera ajuda pa criar
e sostemtar seus irmãos, e sua s folgara de lha dar
e suas altezas tambem ficamos Rogamdo a noso
snor q a traga cedo e a salvamto desta cidade de sal
vador aos dez dias do mes de Agosto de 1556
seu obidiemte fo
Ro freitas