PT | EN | ES

Main Menu


Powered by <TEI:TOK>
Maarten Janssen, 2014-

PSCR1222

1567. Carta de Francisco Dias Mendes para Nuno Dias, seu irmão.

Author(s)

Francisco Dias Mendes      

Addressee(s)

Nuno Dias                        

Summary

O autor queixa-se do comportamento de Heitor Mendes, seu filho. Em anexo (fls. 64v a 68v), o autor apresenta um rol de contas.
Javascript seems to be turned off, or there was a communication error. Turn on Javascript for more display options.

Ao mto magco snor o snor Ldo nuno Diaz lyxa etc as pe dras negras o snor meu Irmão sor Irmão

p mel luis Receby hũa de vm domïguo do esprto santo q muito follgey na parte q diz estar milhor dispusycão do q esteve os dias pasados noso sor prmita lhe dar mta pãz e saude p larguos anos a seu sãto servico e a quẽ lhe bẽ quer e do carguo q vm teve de falar a pa q Releva lhe tenho mce ds lhe dara o premio diso o que custar pagarei praza a ds se faca tudo bẽ pa se fazer seu sãto servico

quãto a Rẽda de Ranhados pois não tornou o dro tpo parece q nao he Rezão allargarlha agora podelhe dizer q ma tẽ trespasado e q pode niso faz nada e ao q parece esta boa este anno segdo dizẽ

ffolgey de vm vẽder a pymẽta e o mesmo faca as duas saqas q estão p vender pq aReceava abayxar mto como fez o cravo e canella e de po pardo darm a cõta me pesa se vm poder falar elle e dizerlhe niso seu parecer pode ser q se aproveytaria mto pq meu fo se avia d agastar mto p faz meu proveito e eu o dise asy a vm la p vezes

quanto ao q vm diz q minha molher se veyo merẽcoria de seu sobrynho meu fo sẽ causa nẽ Rezão e q a ora da partida lhe levou o moco estãdo de Janro p qua asoldadado elle diguo q ds me livre de falsos testemunhos e de maa gẽte pq he a maior bullRa e fallsydade q se podia dizer pq eu sey a vdade e nũca me desdigo de coysa q der palavra aJnda q Inporte toda minha fazda mayrmte casotão pequeno a vdade lhe direi do q pasa meu fo e seu sobrynho se fũdou bida herdar toda minha fazda se podera e não ficou p elle pq bẽ se ẽtregou della de poder asoluto dizẽdo q pois q o eu casara q lhe avia de v o q pdia e q não quiria Ir a lyxa parecẽdolhe q eu ficava menos cabado de minha omRa e palavra do q tynha asẽtado vm não olhãdo elle a mce q lhe ds niso fez e se pos a fazer cartas como que se querya Ir p este mũdo e q não quiria casar e eu cuidãdo q poderia aquillo ser vdade como os pais somos mais amigos dos fos q eles nosos eu e minha molher e fos o tyramos diso de modo q veio a dizer q lhe avia de dar a ẽprega q tinha fco bizcaia e q lhe sera necesario tornar la a Recadalla ou lhe ẽprestase o moco q lhe fose Recadar e negociar e eu p o cõprazer e tirar da mallycya e eRo q estava cuidãdo q hera afym de tomar tudo pa sy lho ẽprestey parecẽdome q averya no mũdo fo pvso e mau q se levãtase cõtudo e vez diso ẽmẽdar e conheçer seu pecado falsamte diz cõtra o pay e may tão grãde mïtira dizẽdo q eu lhe asoldadara tẽdo eu necesydade delle e doutro ds seja louvado pa sẽpre Isto pasa asy e eu o tynha asoldadado a tres anos e vive comigo como o moco e sua may e tytor e Juiz dos orfaos sabẽ e se vm quer crer sua mïtyra mais q a minha vdade e de minha molher não he acerto nẽ divera av tal cousa pq eu leyxey dito a minha molher o mãdase logo chegãdo pq tynha moco q ãdase migo quãdo fose fora e mãdar omde me cũprse pois la ficava o preto. e p asy ser fora milhor a meu fo pa sua cyẽcya e omra fallar vdade e omRar a seu pay e may q avia de sua partyda a desmitir e Imjuriar e afrõtar e pesame q lhe não diria ella de mil partes hũa do q ele merece e se elle fora bõo fo e de bẽcão e como ds mãda leyxara ele sair sua may de casa do modo que fez chorãdo e gemẽdo e sospyrãdo do q lhe dise e agravos q lhe fez e do mesmo modo fez a nuno de bryto e soara milhor a vir ella duas jornadas como cuidavã nesta villa e não do modo q pasou pesame q fez pda e deu mau xẽpro aos outros e praz a ds lhe pdoe esta e outras q me tẽ fco e dito a e a ella e lhe seja acoimado eu não lhe imsynei q fose Imgrato nẽ mal Imsynado bastava q fui sivelmte e p dolo e ẽgano me levou de minha fazda dous mil e cẽto e tryta he outo cruzados e mo como vera pello Rol e apõtamtos q esta vão q tudo pasa vdade e dizya q tinha eu bizcaia mais de quarẽta ou Rii e dois rs e deytava pragas sobre sy dizẽdo q tratava na vdade cõmiguo e ds o sabe e minha fazda e a de q ele ho moco se tornar pa he p lhe parecer q diria vdade do q lhe Recadou e lhe ficã devẽdo e lhe dise q viese p esta villa p lhe não verẽ a cõta e papeis q trazia e não p ser do modo q elle la diz q me pagou a soldada a elle nas cõtas q fezemos e ds nos llyvre de fallsidades e se eu soubera a certeza de quẽ elle he como aguora sey lhe metera eu minha fazda seu poder nẽ cotratara vm e se não fora na parte q he Eu lancara mão de minha fazda e o tevera Ja demãdado p ella como farey quãdo ds quiser pq se permite o se Roubar pay nẽ tomar do seu cousa allgũa cõtra sua võtade pq minha tẽcã fora darlhe mil cruzados p elle casar omde casou e q o virã e souberã os parẽtes e estranhos pq cumprya asy minha omra e darme tãtos desgostos e dizer no meu Rosto e de minha molher a vm pãte todos os q asy esta lhe dese vm cẽ cruzados pa pagar as joyas dãdo a ẽtẽder como se de minha casa levara nada eu juro a vm vdade q acabado d ouvir isto fiquey atonito e Rogey a ds me dese pacyẽcya pa vir pubryco a Rogar lhe mall e p me averem p homẽ mal sufrido e dar a vm e a sora desgosto sufri minha colora e trabalho o melhor q pode e vosas mces bem virã e q todo meu gosto e cõtẽtamto e de minha molher hera fazlhe a võtade como he Rezã como fylho obydiẽte e pas de tudo espvme q se asy avia de ser q fora milhor nos Jumtarmos certo q esperava eu de vm me espv daqela manra ajmda q lho eu tevera merecydo de modo q la agravado e vm o queyxoso ds pdoe a quẽ tiver a cullpa

quãto ao q vm diz q lhe pesa de se saber lyxa e se fallar diso casa das paridas dos modo q minha molher se apartou da sayda e ho q saira de sua casa ds sabe quẽ o diria pq minha molher veiose logo na mesma ora sẽ fazer demora nẽ ouve tpo pa dar cõta da omra q lhe fez seu fo asy q esta claro e sẽ duvida sair della nẽ das pas q trouxe cõsyguo

E pa se saber como meu fo seu sobrinho e binino he amigo dos Irmãos depois q de la vim me dise a molher d afonso piz o Ruivo das Rãos q pasãdo p sy eytor mẽdez lhe disera ella pa ter seu marido louvado seja ds q he voso pay mto Rico e omRado e tẽ mto bõos fos asy os grãdes como os peqenos folgãdo de lhe dar cõta mto como amigos e conhecẽtos e elle dise q os dava a ds e seja como elle mall fallou dizẽdo q herã como

Vm pde pq se pode escusar Respomder e dar desculpa do q pasa na vdade ds seja todos e nos de Remedio pa fazermos seu sãto servico eu e minha molher beyjamos mãos de vm e da sora Ana Guterez e da sora ca do vale ẽvio a bẽcã de ds prmramte he a minha a meus sobrynhos e sobrynhas de trãcoso a xx de mayo de lxbii

e terão bosas mces q eu e minha molher somos Ingratos das mces e boas obras q Recebemos deles e dos sores seus gẽros e fos e fas

Irmão e svidor de vm frco diaz mẽdez

Legenda:

ExpandedUnclearDeletedAddedSupplied


Download XMLDownload textWordcloudFacsimile viewManuscript line viewPageflow viewSentence view