Simto n alma o não ter eu desa bamda q de v pe me de novas; e o mui
to dezejalhas me fas tomar a pena na mão, pa q me fasa m dellas
que semdo as q eu lhe dezejo as istimarei muito, vou cõtinuãdõ
cõ, o negoçio q v pe me deixou ẽcomẽdado, cõ muito trabalho
meu, mas muito mas o tẽ na parte, ẽ com base, em muitas couzas
das que lhe tenho ouvido, vou descubrimdo muito mais do q
sabemos, omtem q foi o quarto dia q comesei de fazer a petição
ou denuçiação de sua vida, a tive tã muda q me foi nesçesario
darlhe huãs bofetadas, nẽ com isto queria Respõder a prepozito
tãto estive com ella por mal, por bem, q no fim de tres oras pasa
das me comfessou, q com mais quatro demonios maritavã, os quas
sã, lusifer, barzabu, marticula porteiro mor do imferno, bugia cade
la da caza de lusifer, o q me custou o dezerme estes nomes dẽs
noso sro o sabe, em tudo pello q vou alcamsãdo q lhe tem dado estes
malinos alguma beberajẽ pa a fazerẽ ser como elles ẽ tudo se
melhãte, dẽs lhe acuda por q he, v pe llẽbrese della ẽ seus sa
crificios, q bem neçesidade tem esta criatura de oraçois, ainda
q ella esta tã sega de sua culpa q as não quer, eu fico mũi les
molestada de a ver tam preza do pecado, não a de fazer verda
deira cofisão, isto digo pellos efeitos q nella veijo, o seu muito calar
me fas cõ q eu não mãdo , a petição em cõpanhia desta, mas em
na temdo acabada, logo a imviarei, tendo saude dẽs louvada, min
ha irmã se ẽcomẽda e a besão de v pe, eu faso o mesmo, não me ofere
so pa o servir desta bãda porq sei v pe não quer mais
q oraçois, para estas me ofereso ẽquãto tiver, a dẽs
que me gde a v pe os annos de meu dezejo, ouje 16 de agosto
1634
Sudita de v pe
Hirma da graça
frei cosme
da annũciacão