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Maarten Janssen, 2014-
Summary | António Cruz da Silva desabafa com o Padre Manuel Tomás Machado. |
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Author(s) | António da Cruz e Silva |
Addressee(s) | Manuel Tomás Machado |
From | Portugal, Lisboa, Cadeia do Limoeiro |
To | S.l. |
Context | António da Cruz e Silva, solteiro, era filho de Pedro Martins e de Mariana Silva, e não tinha ofício. Encontrava-se preso no Limoeiro e daí escreveu uma carta ao padre José da Silveira, dizendo que entregava a alma ao diabo. José da Silveira dirigiu-se à cadeia do Limoeiro para falar com o réu, mas o mesmo manteve a sua posição, reiterando que de facto passou a adorar lúcifer e que era isso mesmo que queria dizer ao Santo Ofício. O padre José da Silveira foi questionado pela Inquisição de Lisboa sobre se António da Cruz e Silva seria louco, ao que respondeu que não era, mas que tinha muita raiva e cólera. De acordo com José da Silveira, o réu estava muito zangado com os seus pais porque estes andavam a tratar de um meio de o embarcar para fora. Além disso, o réu fora condenado ao degredo por cinco anos (no Caderno do Promotor não é indicado o motivo desta sentença), para Cacheu. O padre concluiu que aquelas declarações proferidas por António da Cruz e Silva não foram fruto de um erro nem de nenhuma paixão, mas antes pensadas porque o réu pretendia ,com elas, chamar a atenção do Santo Ofício e, assim, impedir a execução da sua sentença. De facto, o conteúdo das cartas de António da Cruz e Silva revela que o autor está realmente zangado com várias pessoas, incluindo os seus pais, e que não aceita de maneira nenhuma o seu degredo. |
Support | meia folha de papel não dobrada escrita no rosto |
Archival Institution | Arquivo Nacional da Torre do Tombo |
Repository | Tribunal do Santo Ofício |
Collection | Inquisição de Lisboa |
Archival Reference | Livro 282 |
Folios | 321r-322v |
Transcription | Ana Guilherme |
Standardization | Catarina Carvalheiro |
POS annotation | Clara Pinto, Catarina Carvalheiro |
Transcription date | 2008 |
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