O autor tece fortes críticas ao destinatário por ele não se ter escondido, livrando a sua honra.
[1] | como me dis porque dera os 700 rs esses
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[2] | deu v m seu dei mais de 10 testois e v m
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[3] | dis que por carta minha digo q a quem
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[4] | mandara eu o avizo q mo não estimara
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[5] | mto e v m agora acorda cõ isto em dizer
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[6] | q mto parvoamte se fora de sua caza
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[7] | bem parece q v m esta cõ os beisos cõ que
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[8] | mamou pois dis o q dis sinal he q não
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[9] | dá v m credito as coizas q tanto inportão
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[10] | e vão honra nelas a carta q lhe escrevi
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[11] | ma palavra bastava ao mais sinpre homẽ
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[12] | q ouvera no mundo pera não estar ja
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[13] | no cabo do mundo ao doeser v m diso me peza
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[14] | quanto ds sabe ao dizer v m q se sahio 5
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[15] | legoas de castelo branco e que gastou e
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[16] | gasta o q seus filhos não tem digo que
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[17] | v m não esta em seu juizo pois me dis iso
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[18] | quantos homẽs hai no mundo que deixão
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[19] | mtos Cruzados por ahi perdidos e molher e fi
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[20] | lhos e se pom em cobro cõ ma testa qto mais
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[21] | por meus pecados quem tem tantas cõtra si
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[22] | não sei que pensamento he o seu se v m
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[23] | se não quer hyr aguarde o pecado q a v m
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[24] | não lhe an de mandar avizo e tem v m tão
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[25] | pouco juizo que me escreve o q me escreve
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[26] | a cabo de hũ mes cudando eu q v m esta
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[27] | va posto donde lhe não soubesem nem por
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[28] | imaginasão donde estava he huã coiza
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