O autor escreve a José Luís da Silva, negociante envolvido num processo judicial, para lhe remeter uma carta que recebeu da parte do réu mesmo processo.
[1] | Meu particular e antigo Amo
Hontem de manhaã, tendo sahido à Missa,
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[2] | qdo vim pa Caza,
achei essa carta incluza cujo In
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[3] | deviduo, não conheço, nem sei qm he pelo nome, e
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[4] | pouco depois. vierão
dois rapazes, com Fardas de
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[5] | Trombeta de Cassadores, buscar a resposta, e vocal
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[6] | mte lhe disse, q suposto
eu o não conhecesse, q não
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[7] | tinha lugar, assestir como Letrado a pergunta, q
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[8] | isto só tem lugar qdo há
menor, e se elle queria
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[9] | reclamar as Perguntas podia fazer qdo fosse cha
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[10] | mado pa as
rateficar, pr isso q se lhe havião de
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[11] | ler
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[12] | Ora meu Amo Este
homem, ou he
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[13] | ladrão, ou algum Tratante, pelo modo com q fala,
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[14] | porem se he certo, o q elle dis
a repto do Ministro, talves
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[15] | q sirva a mma
Carta de governo, e pr isso lha remetto,
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[16] | pelo Portador.
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[17] |
Assim
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