O autor conta à mulher detalhes da sua vida na prisão, nos Açores, e pede que o apoiem e que ela o ajude a conseguir a liberdade.
[1] | haremetido aos snors
do Sãoto oficio pelo
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[2] | que lhe peso que não venha pasage que se não
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[3] | venha hou me mãode meu fo
como asima digo
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[4] | tenho por enformasão que tenho hũo fo he hũ
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[5] | nha que
pariu dũ ventre a aõbos envio a benção
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[6] | de ds he a minha he sendo cazo que
se venha dei
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[7] | che a mosa en caza de meu pai a minhas yrmas.
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[8] | lhe mãodo mtas encomendas
he a meus yrmãos o mes
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[9] | mo que esta tomem por sua he que tãoben lhe peso
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[10] | me favoresão como
irmãos não tenho tpo pa
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[11] | mais largo escrever
ho portador destas que he
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[12] | hũo moso por nome mel natural da grasioza
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[13] | dara
meudamte novas minhas he diga a meu pai
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[14] | que ho favoresa he recolha
pa caza querendo ele
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[15] | estar he servir que lhe fasa bon partido
pelo
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[16] | amor de min porque heu
so fiz abalar pa essa
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[17] | ylha por amor
de me levar estas cartas he dar
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[18] | novas meudas minhas he ela tãoben o favoresa
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[19] | encoãto ca estiver
não ha mais agora lhe peso
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[20] | me perdoe ho ero en que ate gora ãdei que foi
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[21] | segeira que
me deu não se oferese mais noso
sor
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[22] | ma traga diente de meus olhos como ela dezeja sesta
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[23] |
nesta cadea da ylha de São migel
aos 9 de julho de 603 a
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[24] |
De seu marido
afonso gez
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