O autor, cativo em Argel, pede ao destinatário que o ajude a ser resgatado em troca de um mouro cativo dos portugueses.
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depois de ter escripto a vmce huma carta, se me offeresse hum nego nessa
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cide com algumas sombras de comveniencia, e como eu nella não
tenho de qm
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me valler, e só em vmce reconhesso não só amizade, como tanbem prestimo,
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me he precizo recorrer à sua pessoa, pedindo-lhe pro
disfarce tanta impertinen
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cia com q o molesto; e vem a ser o cazo q me falla hum mouro q tem nessa
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terra hum Irmão, e pregunta q se tenho qm nessa cide me valha pa q este alcansse
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o ser solto, não terá duvida a tirarme deste captivro,
emportunandome que
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faça com brevide esta deliga; eu q me vejo empocebelitado pa este nego, e me vejo
pre
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ceguido de seus rogos,
lhe pedi hũa carta pa o tal Irmão q remeterei dentro nes
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ta, pa q vmce lha mande emtregar, e veja se tem isto algum caminho,
avizeme
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de tudo e o q paçar com o mouro; e no cazo q este lhe pessa a vmce algum dro, ou lhe
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diga q pa me tirar de lá
he necesario dar algumas moedas, se estas não fo
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rem mtas mas sim em tal quantide q nos faça conta, em tal cazo lhas
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pode vmce
prometer, porem não dar couza nenhuma, sem pro me avizar do
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q com elle tem paçado, porq qro com seu Irmão ajustar o como isto ha
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de ser; tudo isto ha de ser se com o seu poder e ajuda de algũns amos vmce
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lhe puder alcansar Liberde, o q emtendo será facil, pello pouco
cazo q El
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Rey faz em comceder semelhantes mces; q se por desdita lhe sentir algum imco
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modo, ou emtender q daqui se nos pode
oreginar alguâ tratada, q ao depois
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nos seja maes costoza, em semelhante cazo não me fas conta q nisto se falle,
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emfim como vmce he em tudo
perito, e não ignora estes negos, de vmce espero
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o milhor aserto, e toda a noticia neste par, como tanbem
ocazioins em q possa
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ocupar a minha vonte, porq suposto não posso servillo, supre a vonte ao de
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zo, este tenho
mto grde de q logre saude, e pesso a Deos o gde como dezo
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Argel
15 de Mayo de 1729
De vmce mto obrigdmo e Criado
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Jozeph Alves Pra
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