Soror Isabel escreve ao tio a pedir ajuda para que envie para o mosteiro onde vive algum Prelado que acompanhe as freiras.
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L
Sa o
Stmo
S
Meu Mto Amado Tio
Sor
como eu não sey se VSa quererá mos-
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trar esta carta a
alguem lá no seu Tribunal; faço este apte
pa dar a Vsa rezão
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por q tanto o importuno; nos meu Tio no meyo de tais
afliçois; estamos; podemos dizer.
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sem perlado; porq
porq faz hũ anno ja, q
dentro deste tem vindo a este Mostro
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duas tardes;
em q com a Perlada hũa ora nada mais; se lhe mandamos
por carta
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algũa noticia; ou não vem resposta; ou hé esta
q nos conformemos; e não tem elle remo
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q nos dar; agora esta na quinta; e nós padecendo; se
não forão estes dous confeçores; o da
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caza e o
Prezdo eu não sey q avia
ser de nós; estes dous frades são Martires; todo o
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dia se esfalfão;
porq como os feitiços são a horas
pa os desmanchar; e curar as freiras
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já o
q se fez hoje não serve
pa amenhã porq de
novo vem detras seja o sor bemdito
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o
Prezdo não hé explicavel o seu
trabo á mtos
dias em q não sahé do confecionario
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a sua
capacide de segredo hé notavel; e foy
mizeriordia de Ds em tal tempo termos sojei
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to de tais circunstancias; q sem
conveniencia nenhũa ature só por
caride tal trabo
ainda
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os de caza tem isto por seu offo; mas elle
q tem lá as ocupacois do seu
convto hé inex
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plicavel a
obrigacão q lhe temos não estranho VSa isto q eu digo do
Pe
vigro
q a
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intenção não hé murmurar; mas hé dar a
VSa rezão de o importunar tanto tenho
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de caza
qm nos podia remedear; mas eu tambem o
disculpo porq como elle tem estado
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de feitiços
tam mal; soponho coitado q tem medo; ora meu Tio
perdoime, e
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4a fra mandarei Lá buscar o q lá esta e sempre qro a bencão de VSa
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