O autor dá conta ao seu irmão de que a irmã havia sido presa pelo Santo Ofício.
[1] | sabera Vm do trabalho que nos qua aconteceu
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[2] | a dẽs louvores, que sayo noso Irmão dyo glz e mãdou
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[3] | chamar a sua molher por hũa quarta e ela foy
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[4] | e no quamynho a prenderõ quys o dẽs obrar
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[5] | ela de sua pyadade que foy eu por ela a coỹbra
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[6] | logo
ela e la me fey nosso sõr merce que fyz hũa
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[7] | pityção a mesa em como se ela yva apresentar
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[8] | e a mãdarõ yr outra vez solta e agora esta la cõ seu
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[9] | marydo apresemtada querera o sõr que venhão
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[10] | muyto asinha ãbos de dois e eu tambem asy me
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[11] | nela apresentey paemte a mesa do sãto ofycyo que não
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[12] | pudei nos fazer por amor do lyvramto de minha Ir
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[13] | ma e com estes emfadamtos não pude compryr cõ
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[14] | pas ne com defeyto pa eu yr la a esa cydade
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[15] | aos oyto dias d agostos say eu que yva la pa esa
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[16] | cydada com os grãdes desejos que tynha de ver
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[17] | vosa pa com mynha Irma lyanor nunẽz e ca em
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[18] | o azo topey esperãca frz que vynha desa cydade de
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[19] | coymbra de se apresemtar e mos requereo que não
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[20] | saisymos da tera pa nhenhua parte senão que
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[21] | nos fosemos apresemtar que ese era o bom cõselho
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[22] | e vynha tambem frco frz e sua yrma vemtura frz em
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[23] | nosa companha e não se o ofreçeo a luys nunẽz porque
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[24] | ja tynhamos nosas quavalgaduras e frete feyto pa
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[25] | noso gasto e eu ja qom todos estes emfadamtos por
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[26] | ouvyr que não estava no presemte qoando veo mos
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nos mynha yrma que nos mãdava chamar
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[28] | e eu asy me yva tambem e sy me dyso que Vm
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[29] | avya mãdado dar qua a gaspar pra dez myll res
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[30] | os quays eu lhos dey e Vm nos mãde a myme
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[31] | e a sua yrma lyanor nunẽz a sua bemção porque
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[32] | quada dia que o sol amanhece nos ofrecemos nela
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