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Maarten Janssen, 2014-

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1612. Carta de Bárbara Pimentel de Leão para Fernão Rodrigues, cura de Santa Justa.

Autor(es)

Bárbara Pimentel de Leão      

Destinatario(s)

Fernão Rodrigues                        

Resumen

A autora relata um conjunto de notícias relativas à comunidade portuguesa de Ruão. Entre elas, refere os seus problemas pessoais com alguns elementos dessa comunidade, a questão de o seu irmão aparentemente se ter convertido ao judaísmo e outros factos ligados aos seus negócios.
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[1]
Jhus em Ruão 12 de dezro 1612 Snor Fernão roiz

em 9 deste resebi huã de vm de 10 do pasado e com a igualdade

[2]
com que estimei saber novas da saude de vm simto o estado
[3]
que vm me aviza de minhas couzas o que atrebuo a minha
[4]
pouqua vemtura porque inda que os tempos se levantarão
[5]
comtra estava eu serta que temdo a vm pa me fazer ms
[6]
nada me podia fazer dano e mal me pareseo que com a car-
[7]
ta que escrevi a vm em 16 de setembro de que agora tive re-
[8]
posta fizese vm tam pouquo como foi não me tirar os titolos he mais
[9]
papeis da mão de diogo roiz pois vm sabe mto bem que as cazas
[10]
não estão empenhadas nem lhe devo nada e que qual
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quer procurasão inda que tivera mtas duvidas bastava pa isto
[12]
mas por mi se pode dizer que auzemte não tem amigo pois a
[13]
firmo a vm que meresia eu ter mtos mas seja ds louvado com
[14]
tudo que me pos nestas partes tamto comtra minha vontade mas
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comfio nele que me a de tornar a por nesa terra mais sedo do que
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emagina nhũa pesoa que esteja nela que se eu não sou a por
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tadora desta he por estar ja camsada de caminhar por terra e
[18]
ser isto inverno mas espero em ds que tamto que vier março
[19]
se eu tiver vida ate emtam que eu me embarque logo o que
[20]
poso fazer mto comfiada porque ei de levar mto boas justifica
[21]
sois da cristamdade com que sempre porsedi e esta não a de ser
[22]
de purtuguezes pois eles o não são a diogo roiz escrevo a que
[23]
com esta sera aberta que vm me fara m fechar e darlha e sem
[24]
do servido tirar os papeis de sua mão e fazer me as ms que lhe tenho
[25]
avizado em mtas o pode fazer quando não pasiensia farei de
[26]
comta que não tenho nada de meu e como tenho a ds espero
[27]
nele me a de acodir em tudo e peso mto a vm que ou fazendo
[28]
a escretura com diogo roiz ou tirandolhe os papeis da mão e ven
[29]
dendo as cazas a outrem me fara m sendo posivel mandarme o dro logo
[30]
pa pagar o que qua devo a framsezes que me emprestarão sobre pesas minhas
[31]
pa me sostemtar que a isto me chegou em terra alhea o que diogo roiz uzou
[32]
comigo e ate não dar esta satisfasão não me poso ir e sentirei mto ser cauza
[33]
e não me vir este dro de estar por qua mais tempo do que eu quizera pois
[34]
este que estou he mais por forsa que por vontade.

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