O autor pede a um superior que tome providências em relação ao comportamento de um frade, Vicente Borges, o qual tem frequentado casas de prostituição e mantém um caso com uma mulher casada.
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ontem 2a fra Recebi a porta desse cõvento a mayor
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[2] | afronta, que nũqua recebi eu hia pa val de
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[3] | ladrões e quis fazer oracam, chegando a por
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[4] | ta da igra o pe frei Vte me cerrou as portas e me
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[5] | não quis deixar entrar o que me scandallizou
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[6] | mto, logo quis chamar o pe ministro pa lhe pre
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[7] | gũtar se era por sua ou ordem e soube que es
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[8] | tava elle mal disposto portanto o não quis in
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[9] | quietar, elle fechou as portas da igra e foi ao mo
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[10] | dia e dentro, estava huã valhaqua desta villa
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[11] | molher de ma opiniam, e com quem elle tem
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[12] | fama, e por sua causa essa casa esta mto defrau
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[13] | dada e disto mãde o pe ministro pregũtar aos prin
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[14] | cipais desta villa elles lhe dirão a verdade porq tudo
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[15] | esta mto roto, e hötem hia cõ ella hũ Rapaz de joão
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[16] | Ribro o portro ella ainda qua não he ao menos
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[17] | não veo qua a dormir olhe s lla esta ainda o Rapaz
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[18] | tamẽ ella, 2a fra ontem fez outo dias esteve elle
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[19] | todo o dia a porta fechada nesta villa en casa dessa
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[20] | molher, e disto ha mais de sete pas de credito, mostre
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[21] | V R esta carta o pe ministro pa q elle se enforme
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[22] | de tudo, porq emporta a honRa s dessa casa ser Restaura
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[23] | da
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