O autor queixa-se da falta de notícias e do pouco contacto que tem com o irmão. Manda em anexo uma encomenda de mercadorias.
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Irmão Simão Alvares
aImda que hos tempos e para milhor dizer deos aja preme
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tydo que vivesemos tão apartados e nos não visemos
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com hos olhos do corpo comtudo não se podem hapar
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tar a natureza e o samgue com que estamos unidos e
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não ha couza na vida bastamte que nos impida ho ver
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monos cada dia com hos olhos da alma e com ho pem
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samemto ho qual eu numqua de vos aparto nem de mynha
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may e mais yrmãos fizera o que desejo se cada dia vos escre
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Vera hũa carta aymda que não fora mais que para vos mo
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Ver a que muytas vezes me escreveseis para eu ter me
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Udamemte novas boas vosas e de toda vosa caza e nisto
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me comfeso por descuidado mas não em comtynuamẽte
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as amdar pergumtamdo e imquirimdo e das que ouso
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por serem prosperas levo tamto comtemtamemto quão
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to se deve a boa Irmãodade primita deos que sem
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pre va por diamte de bem em mylhor novas minhas
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são estar nesta cidade de burdeus com saude como sem
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pre ha ey tydo ds seja louvado com muytos amigos
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de modo que so me falta o vervos como ja vos dise nela
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guanho de comer aImda que a menor parte he a mynha
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porque o que se neguocea quazi tudo core por minhas mãos
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de modo que se se pode dizer eu gramgeo para outro e
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quaze fyquo de fora não que me falte hum pão mas
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fora d outra maneira se vos quizeseis pois podeis
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e fazer o cazo de mĩ e ter a comfyamsa que hos
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outros tem por se não aver achado numqua couza
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em mym que não fose dina de omem omrado e fo de
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noso pay vos vos podeis aproveitar muyto querem
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do ter neguosio nesta cidade que he hum tyzouro es
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comdido e a mỹ fazer o que se deve a hum Irmão
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