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Maarten Janssen, 2014-

Facsimile Lines

1602. Carta de Valério de Abrunhosa para Alexandre de Abrunhosa.

Author(s) Valério de Abrunhosa      
Addressee(s) Alexandre de Abrunhosa      
In English

Family letter from Valério de Abrunhosa to Alexandre de Abrunhosa.

The author asks his cousin (whom he calls his nephew) for news about his business, and he tells him about what his sister has written and about the future of his children.

The defendants in these processes are Alexandre de Abrunhosa and his cousin Gastão de Abrunhosa, who, as other family members, were accused of Judaism in 1602. Alexandre de Abrunhosa, his sister Isabel de Abrunhosa, and his cousin, Ana de Abrunhosa, all lived in Lisbon, parish of Martyrs, where they had taken refuge to escape the wave of arrests made by the Inquisition in Serpa. Nevertheless, they were arrested in 1602. They were released in 1605, thanks to a pardon granted by the pope, largely because of the steps that Gastão de Abrunhosa promoted in Rome. Gastão de Abrunhosa fled to Spain in 1602, following the arrest of his cousins. In letters sent from there to Nicolau Agostinho (PSCR1317 and PSCR1318), it is clear that his intention is to move to Rome in search of justice. This letter (PSCR1320) was sent by mail, together with another one by the same author, to the table of the Inquisition on July 31, 1602, as is explained in the top of the document.

If there is no translation for the letter itself, you may copy the text (while using the view 'Standardization') and paste it to an automatic translator of your choice.

Page 48r

[1]
d flça a 16 d jugno 1602
[2]

Snor sobrinho dias ha não vi carta vosa nẽ novas

[3]
do negoçio do sr pero barreto desejo ouvir o successo
[4]
delle, e o q he de vos e que fazeis, este cor
[5]
reio escrevo a felippa de brinhosa q deveria
[6]
procurar virse pera caa pois o deseja,
[7]
a molher de visorei de napoles e lhe diguo meu
[8]
pareçer porq me tem escrito q se quer
[9]
vir para caa folguaria q viese trazer
[10]
algua cousa de seu, q lhe servisse pa depois
[11]
de q por boa rezam de naturesa a
[12]
de viver mais q eu, e depois de he
[13]
necessario q tenha q viver, meus
[14]
filhos os machos terão hũa capa e espa
[15]
da as femeas procurarei em breve
[16]
ds querendo de as fazer freiras pa q
[17]
fiquem abriguadas e q não ajam de
[18]
pedir o pam a nimguem, o q ella não
[19]
pode fazer. E trazendo de la algum
[20]
abriguo sera asas hum de meus
[21]
filhos q espero ds querendo q em
[22]
breve se faça doutor em leis
[23]
podendo fazerse cleriguo pa estar
[24]
ella e acompagnar o fara, o outro
[25]
quer ser mercante, q ds q todos os
[26]
doutores sam pobres como he verdade
[27]
estamos a ds graças de saude e este sam joam
[28]
ds querendo minha filha Maria se veste freira
[29]
e toma o abito em a ordem de sam bento. me
[30]
custa 2200. crusados, e folguara q a outra fora
[31]
boa de idade pera q fizese o mesmo em meu tpo.
[32]
o sr ds vos guarde e dee tudo o q pode emcomendaime
[33]
em m de vosa tia e irmã. voso tio
[34]
Valerio brinhosa

[35]
[36]
[37]

o padre frei boaventura jaa

[38]

não esta em escarperia

[39]

he ido a outro convento

[40]

prior longe daqui 40 milhas

[41]

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