Sentence s-2
| Izidro Gonçalves com Fabrica de Bollaxa na Rua das atafonas Freguezia do Sucoro
tinha em sua caza hum Moço por nome Francisco Balhão munto Realista qujo moço
tinha tido grandes argumentos com os outros compros
tambem criados da Fabrica elle sempre a favor de S D Miguel e
o patrão com os outros sempre contra elle ate q chegou a noti cia de os Malvados do porto se terem levantado |
Sentence s-3
| depois emtrarão
a dize lhe a elle Franco agora ha de levar te o diabo a ti mais
ao Infante |
Sentence s-4
| emtrou o moço a zangarce e di celhe q os avia de acuzar |
Sentence s-5
| ate q huma noite, hum Bento criado da mesma
Fabrica lhe deu hum facada abacho Inbigo |
Sentence s-6
| sentindoce o moço ferido gritou
e dice ai que me matarão |
Sentence s-7
| elle patrão e os outros moços todos do partido do dono da caza
dicerão asim como o patrão calate q não he nada e
o levarão pa o Interior da Fabrica |
Sentence s-8
| ali esteve algunes dias sendo Corado por
hum sorgião do Espital q mora na
Rua da Nova
da Palma |
Sentence s-9
| depois diçelhe o sorgião ão Patrão o Rapas more |
Sentence s-10
| mande o para
o Espital o que aSim fez |
Sentence s-11
| e la moreu. |
Sentence s-12
| Snr o Mattador ainda
esta em a Fabrica e ali estão todos os colpados naquela morte i dizem
q não podem ser prezos sem lecença da concerVatoria Hespanhola
porque são galegos. |
Sentence s-14
| Exmo Snr mande prender estes homens amanham
de Noite pois a outr hora não os achão prin cipalmentte ao Domingo porque saiem a vender bolacha |