Sentence s-2
| Muitto me cativou o pordes vós tudo em primeiro Lugar na mão de Deos, e
depois na minha; |
Sentence s-3
| e não esperava eu menos de vosso bom juizo,
porq do q
vos quero bem podieis fiar o ne gocio, e Remetelo á minha vontade |
Sentence s-4
| porq bem podeis ter ainda experi ençia
q sempre foi de vos agradar; e
q se pode o tempo , e a occazião por
difficultoza, e como tal menos açer tada violentar o dezejo contudo não pode acabar o amor
mormte
sen do fundado em nó tão estreito
e vinculo tão apertado de sange |
Sentence s-6
| assim
q se o amor he o mais; e este não pode faltar não
tendes Rezão alguma de queixa, nem de moLestia |
Sentence s-7
| e mais quando sabeis que
não há em mi falta de gosto; mas impossibili dade por Rezão das
mtas
q sabeis, |
Sentence s-8
| e as couzas
q se fazem sem conside ração ao depois de
feitas choramse sem Remedio; |
Sentence s-9
| e não imagineis, que estais fora de minha
Lembrança nem
q me acovarda o possuhir pouco pera por essa
Rezão deixar de satisfazer áquele negocio
porq vos affirmo passa tudo pello
contrario, |
Sentence s-10
| porq bem de veis vós entender os
encargos delle e o q eu sentiria quando tivesse
effeito vervos sem os beis q vos havia de
dezejar forsosamte |
Sentence s-11
| assim
q vós estais em
mto bom estado; e eu a menos como sempre e
mais ainda; |
Sentence s-12
| e como em mi vive o amor tão firme, não pode faltar o cuidado
de vos hir ver tanto, q ti ver ocasião, (q pode ser seja cedo) e de vos acudir, e
amparar do milhor modo
q o tempo, grande mestre d tudo, der Lugar; |
Sentence s-13
| porq em breve se experimẽ tão nele
graves mudanças, e o q hoje hé impossivel amenham
hé difficultozo e noutro dia mto facil; |
Sentence s-14
| e
com isto viveis com alegria, e vos não de cuidado couza alguma, sequer por
não molesendes a quem vos quer e dezeja tanto
|