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Maarten Janssen, 2014-

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1758. Carta não autógrafa de Rosa Maria Egipcíaca, escrava forra, para Maria Teresa de Jesus, mulher de lavrador.

Author(s)

Rosa Maria Egipcíaca      

Addressee(s)

Maria Teresa de Jesus                        

Summary

A autora agradece a sua carta de alforria. Escreve longamente sobre assuntos de devoção e pede no final uma esmola para fazer um ramalhete para pôr nas mãos da Virgem.
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q he de seu maior agrado por hiso he q ele busca os humildes e pobres peCadores Como a mim o sahir eu de caza não foi efeito das Criaturas mas sim dele porq ja havia dois annos q ele me tinha dito q eu houvera de sahir do Recolhimento mas q primeiro havia de morrer pa ResuCitar e Com efeito asim me sucedeu e lhe perguntei tãobem Como hera esta ResuCitasão Respondeume q hera ResuCitar da morte da culpa avida da grasa e q o mesmo socediria a todos aqueles q Com veras me Chamasem mai e qdo Chegou o tempo da ma sahida me dise ele eu sou o Capitão general do teu exzercito andai vamos eu quero hir tirar Listra daqueles q andem habitar debaixo da bandeira da ma Crus, e quero sahir o Campo do exzercito Combater Contra Lucifer porq eu venho buscar Corasoins Comtritos e humilhados; dito isto houvi Logo hũa vos dezafiar Liçifer dizemdolhe eu estou aqui o q queres de mim; eu estou aqui preza e atatada a meu Snor se algũa Couza queres de mim ele he Capitão general do meu exzercito tudo isto houvi na novena do noso Pe São Franco q estava fazendo; e Logo sem que nem pa que moveuse o Comfesor Contra mim q foi qm ele foi buscar pa instrumento e taobem me trose hũa mosa ilhoa dizendo q se queria Recolher e esta trouse todos os diabos Comsigo q asim Como emtrou não quis Renderse a obidiensia nem do padre Comfesor nem da irmaã Mestra não da irmaã Regente dizendo q vinha pa governar e não pa obedeçer e desta sorte se forão dispondo as couzas no dia do santicimo nome de maria fomonos Comfesar depois q Recebi o Snor houvi hũa vos q me dise não quero neste Rebanho amor fidalgo senão amor maquaniquo eu q houvia isto fiquei toda Confuza e não sabia o porq se me dizia isto Chegando a noite fomos pa nosa Reza moveu o Snor a sua justiÇa sobre nos q nos vimos no inferno hera tanto o susto e o temor entre nos q não sabiamos o q fizeçemos todas proCuravão a deliCuente pa fazerem nela a exzecusão as pequeninas gritavão Snor Ds mizeriCordia; os Corpos das Criaturas voavão e todas me vinhão ter Com o meu Pe e Comigo porq nos he q a estavamos amparando Com as Imagens Rezando e pedindo a Ds soCorro por ela Ma Snra foi tal a Comfuzão q tivemos por espaso de sinco dias q ja tinhamos medo de Rezar as Criaturas todas não dormião nem socegavão sempre estavão em e algũ boCadinho q se emCostavão estavalhe o Corpo tremendo e Combatendo Com a furia dos demonios A Snra se o Juizo feito no Corpo das Criaturas he tão horendo


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