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[1826]. Carta de Agostinho Figueira, oficial comissariado em Estremoz, para João António dos Santos.

ResumoAgostinho Figueira escreve a João António dos Santos, irmão do rebelde José Guilherme, Capitão do Regimento de Infantaria 17, provavelmente usando um código. Aparentemente, informa-o apenas acerca do envio de certos objetos pertencentes a José Guilherme.
Autor(es) Agostinho Figueira
Destinatário(s) João António dos Santos            
De Portugal, Évora, Estremoz
Para Portugal, Elvas
Contexto

Após a morte de D. João VI (abril de 1826), D. Pedro outorgou a Carta Constitucional, iniciando-se um curto ciclo político liberal denominado Primeiro Cartismo (1826-1828). A situação política e militar interna era muito confusa, com a proliferação de grupos e fações, sucessivas remodelações governamentais e várias ações militares. Poucos dias depois do juramento da carta (31 de julho de 1826), tiveram início várias revoltas anticartistas, entre elas as que foram desencadeadas no Alentejo sob a liderança do Brigadeiro Magessi, que invadiu o território português a partir de Espanha e que contou com vários apoios locais. Tais apoios receberam a designação de «rebeldes espanhóis», que surge nestes documentos e se reporta a esses insurretos anticartistas, portugueses, que operavam a partir de Espanha. Este processo foi movido a Agostinho Figueira por suspeita de colaboração com os ditos "rebeldes espanhóis", nomeadamente com o Capitão do Regimento da Infantaria 17, José Guilherme, em conluio com Joaquim da Silva Zagalo, sargento do Regimento de Milícias de Vila Viçosa. A acusação baseou-se no facto de, na correspondência envolvendo os três indivíduos, se usarem pseudónimos nas fórmulas de endereço, estratégias de assinatura anónima, e caligrafia disfarçada. No processo faz-se referência a editais proibindo a correspondência com os anticartistas.

Suporte meia folha de papel dobrada escrita na primeira face e com sobrescrito na última.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Casa da Suplicação
Fundo Feitos Findos, Processos-Crime
Cota arquivística Letra A, Maço 42, Número 12, Caixa 86, Caderno 2, Fólios [4]r-[5]v
Transcrição Leonor Tavares
Revisão principal Cristina Albino
Contextualização Leonor Tavares
Modernização Ana Luísa Costa
Anotação POS Clara Pinto, Catarina Carvalheiro
Data da transcrição2007

Frase s-2 Falta pa a Remessa da carta incluza as pistolas, e o colete preto
Frase s-3 tudo mais vai

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