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Maarten Janssen, 2014-

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1631. Carta de Catarina Pinheiro e Francisca da Veiga para seu pai, Filipe Leitão, sentenciado pela Inquisição.

ResumenAs autoras mandam notícias ao pai, degredado, contando-lhe como a família está a sobreviver em Lisboa.
Autor(es) Catarina Pinheiro Francisca da Veiga
Destinatario(s) Filipe Leitão            
Desde S.l.
Para África, Cabo Verde
Contexto

Dentro do fundo do Tribunal do Santo Ofício existem as coleções de Cadernos do Promotor das inquisições de Lisboa, Évora e Coimbra. O seu âmbito é principalmente o da recolha de acusações de heresia. A partir de tais acusações, o promotor do Santo Ofício decidia proceder ou não a mais diligências, no sentido de mover processos a alguns dos acusados. Denúncias, confissões, cartas de comissários e familiares e instrução de processos são algumas das tipologias documentais que se podem encontrar nestes Cadernos. Quanto ao crime nefando e à solicitação, são culpas que não estão normalmente referidas nestes livros.

Soporte a carta ocupa o rosto e o verso de meia folha de papel.
Archivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Tribunal do Santo Ofício
Fondo Inquisição de Lisboa, Cadernos do Promotor
Referencia archivística Livro 221
Folios 476r-v
Transcripción Rita Marquilhas
Revisión principal Cristina Albino
Contextualización Rita Marquilhas
Normalización Rita Marquilhas
Anotación POS Clara Pinto, Catarina Carvalheiro
Fecha de transcipción2000

Sentence s-2 primita noso sor esta aChe a VM nesa ilha todos os filises susesos q estas fas dezejaõ pa Cõsolasão nosa q mal pode ela asistir in nos pois ha infinitos tenpos não temos visto Cartas nẽ novas nẽ pa esa patria desta vão navios
Sentence s-3 seja ds mtas vezes lovado q asin he sirvido
Sentence s-4 esta vão Cartas em q dou Cõta do q ha susidido dipois da partida de VM
Sentence s-5 i dipois de as ter feito Chegou mel ledo i troxe novas de meus irmãos boas grasas a ds hũa letra de des mil reis q mal suprio a Cubrirmos as Carnes
Sentence s-6 dis mandavão Caixão d asuquar
Sentence s-7 não ha novas deles do q mi não admira por dizeren anda ese mar Colhado de inimigos
Sentence s-8 nos fiquamos nestes altos in Cõpanhia de minha tia q por vergonha do mundo o fes
Sentence s-9 os baixos esão alugados a gente Cazada i onrada
Sentence s-10 Cõtudo não deixe de lhe agradeser minha tia murtifiquarse apartarse do seu amor pa mor de nos
Sentence s-11 de gaspar pinheiro continua seu primor Cõsolandonos q sobre o Credito de VM nos ira dando a porsa ordinaria
Sentence s-12 queira ds não si enfade i antes q este Chegue peso a VM pelas sinquo Chagas de ds nos admita in sua panhia pa alivio de tantos trabalhos que não temos nisisida
Sentence s-14 enfin q ate os tenpos estao torquados
Sentence s-15 VM si não desCude de noso amparo q he tenpo que samos molheres

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