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Maarten Janssen, 2014-

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1823. Cópia de carta de José Rodrigues Loureiro para José de Sousa Guerra, negociante.

Autor(es)

José Rodrigues Loureiro      

Destinatario(s)

José de Sousa Guerra                        

Resumen

O autor pede ao destinatário, um negociante, vinte e cinco moedas em papel para um companheiro que se encontra preso, ameaçando-o com violência.

Texto: -


[1]
Snr Guerra
[2]
Snr nos fomos 20 homens á sua caza pa nos dar todo aquelle di-nhro q tinha da siza, e assim faltou-nos a polvera ser mto fraca, se não haviamos de attaquar, e fazer em postas toda a Povoa de Varzim,
[3]
e assim agora temos determinado não querendo V mce estar pelo q nesta lhe dezemos, q he mandar a hum Amigo nosso q se acha prezo em Lisboa, vinte, e cinco moedas em papel fe-chadas dentro de huma Carta pelo Corro para Lisboa,
[4]
e quando assim não queira te-mos 40 bacamartes prontos, polvera, e bala, e todos cem montados a caVallo vamos attaquar toda a Povoa de Varzim, e a sua Caza,
[5]
e a de ser de dia quando os pescadores tenhão ido pa o mar, porq temos espias nessa,
[6]
apezar de por seu respto o nosso companro 20 ser imforcado, e o nosso Camarada João ficar sem a mão, isso não nos fas esmorecer nem de serem os mais degradados, pois temos de hir á feira de Vizeo, e a outras partes,
[7]
e agora conte se ahi formos pode ser q não fique com vida,
[8]
e depois não se queixe.
[9]
Dom Luis Espanhol inda existe assim lho partecipo, e todos os mais Espanhois, e Portugueses estão prontos.
[10]
No cazo de querer mandar esta quantia em papel dentro de huma carta pa Lisboa debaixo do subescrito de Anto da Costa Vizeo asistente em Belem ao do Chafaris da Bolla beco dos Ingeitados, pois is-to se quer todo o segredo,
[11]
e se houver alguma falcificação conte com perder a vida em qualquer sahida q fizer, e remettendo esta quantia ao nosso Amo conte q pode es-tar seguro, a sua Caza não torna a receber insulto algum
[12]
isto lho afiançamos,
[13]
e no cazo contrario nos tem,
[14]
no cazo de não vir pelo Corro debaixo do nome q lhe deze-mos não se lhe aceita,
[15]
e depois não se arrependa

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