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1719. Carta de Cristóvão Vieira, caminheiro, para João Rodrigues Coutinho, padre.
Autor(es)
Cristóvão Vieira
Destinatário(s)
João Rodrigues Coutinho
Resumo
O autor pede que o destinatário dê ordem de soltura e defende-se das acusações de que foi alvo.
Texto: -
[1]
Meu Snor Redo pe joão Rodrigues coutinho
[2]
vm me perdoi a minha com
fiansa de eu escrever a vm
mas como prezo q estou a or
de de vm me obrigua o me
u atrivimento a escrever
a vm
[4]
savera vm q eu sou aque
lle moso q prendeu o juis
de fora desta sidade de vizeu
com a baroniqua q se dis
q hera de familiar
[5]
eu a
cheia e a trazia o modo de ba
roniqua e não uzava de
la de couza ninhuma
[6]
por
tantas terras q eu tenho an
do em ninhuma se ha de fa
lar couza alguma
[7]
som
entes aqui nesta sidade
sam mto treidores porq eu
emcoanto tinha ha par
de tostois não faltavam
amigos
[8]
despois q eu as
não teve atreisoar o me
o casareiro hera o pior, q ta
nto comeu comigo
[10]
savera
vm q eu a min me veio
de lisboa humas ordes pa
eu fazer em almeuda
como vm vera a carta
[11]
e as não poso fazer porq estou prezo
[12]
mandei esa pitisam
ao juis de fora pa ma despachar
[13]
mandoa por Reposta q
ja não gobernava em min
[14]
eu bim a esta sidade com huma
orde dos comfiscados
[15]
Meu senhor peso a vm onRa e lou
vor das sinco chagas de noso senhor jajus cristo me nan
de soltar q estou padesendo sem ter q gastar e o casa
reiro ser meu treidor q ja eu não tenho que lhe dar
por iso me quer mal ahora
[16]
lhe peso onrra e louvor de to
dos os santos e pelas almas e quem vm he mais obriga
do
[17]
com isto não emfado mais a vm como prezo
[18]
vizeu
oje coatro de nobro de mil e setesentos e dezanove annos
[19]
Criado de vm
prezo Christovão vira caminheiro
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