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Maarten Janssen, 2014-

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1821. Carta de João da Costa, escrivão de fábrica de igreja, para Manuel Rodrigues de Melo, juiz-de-fora.

ResumoO autor avisa o destinatário do facto de um preso perigoso ter sido reconhecido por algumas testemunhas que temiam falar mais com medo de represálias.
Autor(es) João da Costa
Destinatário(s) Manuel Rodrigues de Melo            
De Portugal, Faro, Olhão
Para Portugal, Faro
Contexto

Processo relativo a Jerónimo de Morais, Manuel de Jesus dos Passos (ou Estêvão da Assunção Longo) e José de Sousa, o Azeite, procurados por serem salteadores de estradas, caminhos e casas. Os três réus apresentavam passaportes falsos. Nesta carta, um dos réus, Jerónimo de Morais, escrevia a um conhecido seu em Lisboa, Francisco da Cunha Machado, dizendo-se inocente e pedindo auxílio. O destinatário acabou por ser chamado a testemunhar no processo.

Suporte meia folha de papel dobrada, escrita nas três primeiras faces.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Casa da Suplicação
Fundo Feitos Findos, Processos-Crime
Cota arquivística Letra J, Maço 111, Número 3, Caixa 302, Caderno [10], Apenso 11
Fólios [30]r-[31]r
Socio-Historical Keywords Rita Marquilhas
Transcrição José Pedro Ferreira
Revisão principal Rita Marquilhas
Contextualização José Pedro Ferreira
Modernização Rita Marquilhas
Data da transcrição2007

Texto: -


[1]
Illmo Snr Doutor Juiz de fora
[2]
Dezejamos a Saude de VaSa igual a seu dezejo e hestes seus sobeditos ficão as Suas ordens no que forem prestaveis
[3]
Illmo Snr fazemos Siente a VaSa que no dia vinte dois de Corrte foi chomado hum ALmoCreve a Vista de Juiz desta Villa para Se virificar dele Se Com efeito hera o tal Estevão Longo o q estava prezo em Alvito
[4]
hele lhe respondeu q Sim hera o mesmo Estevão q o Conhoçera passando hele pela Cadeia
[5]
e dos Seus Companheiros forão tres a Vista do menistro Cujo os mandou pello Seu merinho a Cadeia a fim a Ver se heles Conhoçião o tal Estevão
[6]
desserão o merinho q heles não Conheçião Semelhante homem mais depois q Sahirão de em Caza do Menistro falarão huns Com houtros dizendo pois tu não Conheçestes
[7]
[8]
Sim Conheçei q hera Estevão Longo mais heu avia de dizer q hera hele e Logo quando fouçe de Jornada pa Baçho mediatamte me matavão
[9]
[10]
heste he o motivo por q o não desCubrirão mais
[11]
Illmo Snr heste AlmoCreve os foi a Vista de o Juiz Respondeu q heste Ladrão o Nome q Deu o Menistro hera q hele q se chamava Mel de Jázus pois heste mesmo Nome mandou hele em huma Carta a Molher quando esteve preza pello Juizo da Correição porq o Mesmo Menistro o Sr Lemos lhe foi ter a Carta a Sua Mão
[12]
e hele nos disse Se queriamos apanhar o taL Estevão hera de pricar para Lisboa e ter em Cautela quando fouçe hum homem o Corro preguntar Carta em Nome de Mel de jazus do ALgarve q hese mesmo hera o Do Estevão
[13]
e assim VaSa bem pode dar todas as providençias q heste homem seja emviado a heça Cadeia desa Sidade Logo q o Seu Crime foi feito neste termo desta Sidade de faro e houtros mais q neste ALgarve tem feito
[14]
e juntamte Rombou a Cadeia desa Cidade e fugira
[15]
e juntamte Ja foi degradado pa fora do Reino por hano e dia
[16]
e tornando o Reino ter penna de Morte
[17]
e neste Cazo esperamos os VaSa provindencas. histo q he para Segurala das nossas Vidas e de todo o Bem publico
[18]
Se VaSa quizer imformarsse dos tres ALmocreves q forão a Cadeia Ver se o Conheçião foi os Seguintes Mel dias garalheira do Sitio de São Romão termo de LouLe freguezia de Sta Barbora e Mel dos Cannos do Sitio da golda freguezia de Sra Barbora termo de LouLe e Joze de Souza Bruçho o mosso da freguezia de Santa Barbora do Sitio dos Agostos termo de faro
[19]
e he o q Se me ofreçe a dizer a VaSa
[20]
Deste Seu Sudito o mais oBidiente
[21]
em Meza de 23 de 9bro de 1821
[22]
João da Costa Escrivão da fabrica da Igreja Matris de olhão

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