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[1500-1599]. Carta de Francisco da [Cruz], apelidado de "Ermitão", para destinatário anónimo, padre guardião do Mosteiro da Mealhada.
Autor(es)
Francisco da Cruz "Ermitão"
Destinatário(s)
Anónimo580
Resumo
O autor queixa-se ao destinatário das acções dos membros do seu mosteiro.
Texto: -
[2]
qua veio ter hũ frade ou dous do voso mosteiro
a esta minha irmida de sam giam e vieram
quom tam danosa temsão que mais regia
a soldados de saque que não a oservamtes
romemdados
[3]
e na quaza omde eu estava e os ou
vi mais manifestar ser justisa quom rigor
que frades quom omildade e a minha fraqua
desposisão me impidio no tal paso a me não po
der ver quom eles pra lhe pergumtar pola
vara de coregedor que levavam pois suas pala
vras donomtam craras mostras de discomsolar
hũ pobre omem d espirito pasamdo polas cobisas
deste mumdo
[4]
e pois o snor me fes m de m espirar
vomtade de polo seu amor largar barquo e redes
e tomar sua crus e segilo
[5]
e pra iso tomei hũa vida
tam emfreada a umildade quẽ dai naseo aseli
arem todos na minha quomversasão e pois e m
q se não compra por emguanos nem por dro
[6]
não
no queirão empidir os frades capuchos
[7]
ja que
os immiguos me deixam viver de minha filozo
fia lhe darei comta posto que dizem de mim ser
hũ esfola quaras e dizem no eses mesmos frades
[8]
eu sou este q sou e des me conhese
[9]
e se ouvera
mtos do meu zelo as malisias e traisois dos falsos
portugezes e castelhanos forão acabadas
[10]
não moro da vafas
porq sou bõ purtuges
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