PT | EN | ES

Main Menu


Powered by <TEI:TOK>
Maarten Janssen, 2014-

Sentence view

[1620-1629]. Carta de Álvaro Gil para a sua mulher.

Author(s)

Álvaro Gil      

Addressee(s)

Anónima41                        

Summary

O autor queixa-se da sua situação e recomenda a fuga dos seus parentes.

Text: -


[1]
a pas de xpo noso snor seja em nosas almas amẽ
[2]
irmã e filhos da minha alma e amigos deos vos deite sua bensão e vos livre de falsos testemunhos e daqui louvores a cpo
[3]
tenho saude e não falta sustẽto
[4]
mas saiba todo o xristão q na vida não ai mais imferno e aquele q cuida q esta salvo esta mais pirigozo
[5]
e quẽ puder sair deste reino mas q seja
[6]
as femeas a putas e os machos a ladrois não estevão nele se deos não acode a descobrir a verdade e remedio
[7]
esas criansas pondeas castella
[8]
e pesão uma esmolla e comão pedras e quẽ puder large barco e reides
[9]
estimarei que voso irmão ou sobrinhos vos venhão buscar
[10]
e coanto mais longe milhor que eu mereso o que tenho me fiar de irmãns e irmão e cunhada q ja cuidava q como lazaro lhe fose pidir migalhas de sua meza os filhos do furneiro
[11]
bẽ sei as doudises q fes o doudo e como virão seus inimigos o q quizerão
[12]
mas quẽ se vio aqui e aficasia não dixe
[13]
os brasos abertos fugi
[14]
e não tapar os ouvidos elle e suas irmans pois agor crerão a madrasta
[15]
gastarão o seu frades e o meu
[16]
o outro fidaldalgos q se ajuntarão louzas sãota luzia junto a milreu falsas comtra nos
[17]
e frades as ẽganarão q não ẽcãoparão o doudo
[18]
aqui não sai ningem menos de 5 anos
[19]
louvado cpo n redẽtor por tudo
[20]
soube de tome lobo de olivẽsa cõpanheiro o q mais mal fes foi souza porq não avizei q me avia dado os 8000 não os dãodo e porq avisei q estava ca a molher
[21]
e da fazẽda q lhe tomarão se quis vimgar na nosa pa a aver q me avizarão
[22]
coando avisei a me não dro e respõdeo a molher sobrescrito seu
[23]
louvado xpo tudo e seus sãotos secretos q trocão o sãnge por 4 reis
[24]
mais valera avisar o q avia q grãode era o mundo
[25]
mas ẽganeime q imaginei ser o corasão dos outro como o meu q não de deitar a garocha a quẽ andava no coro pa o touro a llevar ou tarde ou sedo e ao toureiro e não dar a mão pa o palãoqe
[26]
louvores a xpo
[27]
se la aportar filho meu deiteo pedra ao pescoso no mar e não o mãode a touros pois eu fui besta q tive de ver
[28]
elas e elle não faleis
[29]
não vos fasão outro tãoto
[30]
e pouco o q dixer o portador
[31]
pagailhe o caminho o q puderdes q cada bocado q como he lagrimas
[32]
se o terão eses inosẽtes a quẽ mãodo a bẽsão e a de Deos primeiro
[33]
e a vos as lagrimas
[34]
mas pesovos q vos achee se deos me llevar daqui vida porq como sabeis não a de aver memtira minha boca cõtra mim nẽ cõtra outrem
[35]
algum deos vos livre e a meus cõpadres como pode e amigos q não imaginẽ q mim não a de aver mim mẽtirã
[36]
morte sim
[37]
deos favoresa a quẽ vos favoreser
[38]
deos me deu pecados
[39]
apartarão deos
[40]
fasa o q pode
[41]
xpo todos
[42]
deste q não sei se he voso

Edit as listText viewWordcloudFacsimile viewManuscript line viewPageflow view