PT | EN | ES

Menú principal


Powered by <TEI:TOK>
Maarten Janssen, 2014-

Visualización por frase

[1713]. Carta anónima de uma mulher para um membro da Inquisição.

ResumenUma mulher cristã pede perdão aos inquisidores por ter realizado atos de feitiçaria.
Autor(es) Anónima49
Destinatario(s) Anónimo339            
Desde Portugal, Ourém, Porto de Mós
Para S.l.
Contexto

No verso do fólio encontra-se a seguinte nota: "as pessoas que delataram são sabidas porque se andaram gabando que o haviam de fazer em ordem a se vingarem e chamaram feitiçeiros e feitiçeiras para lhe rezarem os feitiços que dizem ter, e se presume que é fingimento pelas circunstâncias que tem havido" (a grafia está normalizada e as abreviaturas foram desenvolvidas). Segundo informações contidas neste caderno do promotor, Catarina Fróis, a sua filha Teresa Fróis e a sua tia Isabel Nunes foram acusadas de feitiçaria, e uma delas poderá ter escrito a carta aqui transcrita. Foram acusadas de curar com palavras e de realizar feitiços e previsões por meio de rezas e orações, mas a maior acusação recaiu sobre Teresa Fróis. Esta foi acusada de ter um pacto com o demónio, e de falar com os finados para obter informações. A denúncia partiu de Bernardo Soares, que acusou Teresa Fróis de realizar feitiços à sua prima, que a tinha substituído como criada do denunciante. Por vários testemunhos, chegou-se à conclusão de que existiam provas para incriminar Teresa Fróis, e o Tribunal do Santo Oficío decidiu proceder aos exames "na forma do regimento e estilo do Santo Oficío" (fólio 201).

Soporte meia folha de papel dobrada escrita no rosto e no verso
Archivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Tribunal do Santo Ofício
Fondo Caderno do Promotor
Referencia archivística Livro 272
Folios 160r
Transcripción Ana Guilherme
Revisión principal Clara Pinto
Normalización Clara Pinto
Anotación POS Clara Pinto, Catarina Carvalheiro
Fecha de transcipción2008

Texto: -


[1]
O cazo dos penhirinhas qe ouvi a hua mosa mas não o fis nem sei quem o fizése
[2]
benzer a cama isto faso eu.
[3]
rezar ás Almas tambem o faso alguãs vezes
[4]
curar de quebranto alguãs vezes o tenho feito em boa fe e por não entender q hera pecado nem prohibido
[5]
mtas vezes me confesei disto
[6]
senpre me deixaram do mesmo modo
[7]
se em algua couza destas tenho delinquido peso perdam a Santa Apostolica como verdadeira Christan e peso ao senhores inquisidores me perdoem
[8]
pelas chagas de Xto me absolvão se acazo tenho eu corrido em alguã pena e me sugeito a toda a penitencia e castigo da santa madre Igreja porq dezejo guardar a lei de meo Sor Jezu Xto q profeso.

Edit as listText viewWordcloudFacsimile viewManuscript line viewPageflow viewSyntactic annotation